Os Maiores Ídolos Da História do Santos
A história do Santos é repleta de títulos e grandes craques. Com jogadores que marcaram época no futebol nacional e até internacional, o clube conquistou durante seus mais de 100 anos uma Copa do Brasil, oito títulos do Brasileirão, três Libertadores e dois Mundiais. Isso sem falar nas dezenas de vezes em que o time praiano levantou a taça do Campeonato Paulista.
Mas você sabe quem foram os principais protagonistas das conquistas do Alvinegro? Confira a seguir os ídolos que marcaram a história do Santos Futebol Clube e o que eles fizeram pelo clube!
Pelé
O ídolo máximo do Santos é ninguém menos do que o maior futebolista de todos os tempos. Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, estreou pelo clube com apenas 15 anos, em 1956, e saiu em 1974, tendo passado praticamente toda sua carreira vitoriosa na Vila Belmiro. E não faltaram títulos e recordes! Durante os 17 anos em que defendeu o Alvinegro, o "Rei do Futebol" conquistou dez estaduais, seis Campeonatos Brasileiros, dois títulos da Copa Libertadores e duas Copas Intercontinentais. No total, ele atuou por 1116 vezes e fez incríveis 1091 gols.
E não foi só pelo Santos que Pelé fez história. Aliás, talvez ele seja o brasileiro mais conhecido, reconhecido e admirado do mundo, principalmente pelo o que mostrou em campo com a Seleção Brasileira. O ex-jogador foi o grande craque de sua geração e é até hoje o único jogador tricampeão mundial.
Pepe
A primeira vez que José Macia, o Pepe, pisou no gramado da Vila Belmiro foi no dia 4 de maio de 1951, mas a primeira oportunidade na equipe principal veio em 1954, aos 19 anos. Desde então, seus gols de faltas e pênaltis se tornaram frequentes. Não à toa, Pepe é o vice-artilheiro da história do clube, com 403 gols, atrás apenas do Rei do Futebol.
Um dos raros exemplos de jogador que permaneceu toda a carreira em um único time, Pepe dedicou 15 anos de sua vida à equipe profissional do Santos. Durante esse período, conquistou 25 títulos: onze Campeonatos Paulistas, seis Campeonatos Brasileiros, duas Taças Libertadores da América, dois Mundiais Interclubes e quatro Torneios Rio-São Paulo. O Canhão da Vila foi, sem dúvidas, o melhor ponta-esquerda da história do Santos. Além disso, na hierarquia dos maiores da história do clube praiano, só perde para Pelé.
Zito
Um dos maiores volantes que o Brasil já viu jogar, Zito também deixou sua marca na história do Santos. Enquanto vestiu a camisa do Alvinegro, ele foi um grande líder e capitão, além de ter sido o maestro do esquadrão santista dos anos 60.
Contratado em 1952, Zito permaneceu na equipe santista até o final da sua carreira, pendurando as chuteiras em 1967. Foram 57 gols, 727 partidas (terceiro que mais atuou) e uma coleção de títulos pelo Peixe. Suas conquistas mais importantes foram os Mundiais de 1962 e 63, as duas Libertadores da América e os Campeonatos Brasileiros de 1961, 1962, 1963 e 1964. Pela Seleção Brasileira, Zito também teve destaque, tendo sido campeão mundial nas Copas de 1958 e 1962.
Coutinho
Talentoso, dotado de um raciocínio rápido e arremates certeiros, Coutinho não poderia ficar de fora do topo da lista de maiores ídolos da história do Santos. O craque estreou no time praiano com 14 anos e 11 meses, em 17 de maio de 1958, e não demorou muito para conquistar seu espaço entre os titulares. Formou, ao lado de Pelé, uma parceira sem igual no futebol e é até hoje considerado um dos melhores centroavantes que o Brasil já viu atuar nos gramados do país.
O Rei da Pequena Área defendeu o Santos de 1958 a 1967 e de 1969 a 1970, participando de 457 partidas e marcando 368 gols, o que faz dele o terceiro maior artilheiro do clube. Pelo Santos, conquistou duas Libertadores, dois Mundiais, cinco brasileiros, entre outros títulos de expressão.
Neymar
Foi com a camisa do Santos que Neymar estreou como jogador profissional e encantou o Brasil. Aliás, o atacante é o principal símbolo das últimas grandes conquistas do Peixe. Neymar estreou pela equipe profissional em 2009, quando tinha apenas 17 anos, e rapidamente conseguiu se estabelecer entre os melhores jogadores da história do Santos.
Tendo ele como principal estrela e craque do time, o clube conquistou três Paulistas (2010, 2011 e 2012), uma Copa do Brasil (2010) e uma Libertadores (2011). Apesar de sua saída um tanto conturbada para o Barcelona, o atacante está no coração dos torcedores santistas e ninguém discute a importância que ele teve na história do clube.
Robinho
O Rei das Pedaladas também está entre os dez maiores ídolos do Santos. Bastante habilidoso, Robinho encantou o Brasil em 2002 e logo no seu primeiro ano de profissional foi um dos responsáveis pelo título do Campeonato Brasileiro daquele ano. Antes de sair do clube para jogar no Real Madrid, ele ainda conquistou mais um Brasileirão, o de 2004.
Na última década, teve mais duas passagens pelo Santos, uma em 2010 e outra entre 2014 e 2015. No primeiro retorno, formou dupla de ataque com Neymar, parceria que rendeu ao clube o título do Campeonato Paulista de 2010 e a conquista inédita da Copa do Brasil. Em sua terceira passagem, foi campeão estadual em 2015. No entanto, esteve bem longe de mostrar o futebol do início de sua carreira.
Léo
O lateral-esquerdo Léo chegou à Vila Belmiro em 2000, aos 25 anos, e não demorou muito para começar a colocar seu nome na história do Santos. Um símbolo de raça, ele foi peça fundamental para a conquista do Campeonato Brasileiro de 2002 e o de 2004. Posteriormente, foi anunciado pelo Benfica, de Portugal.
Em 2010, o Guerreira da Vila teve seu retorno confirmado pelo Santos e novamente não decepcionou. Em sua segunda passagem, ele conquistou Campeonato Paulista, Copa do Brasil e Libertadores. Ao todo, o lateral-esquerdo fez 456 partidas e marcou 24 gols com a camisa do clube. Léo é o décimo jogador que mais defendeu o Peixe e o maior campeão pelo Santos depois da Era Pelé. Ou seja, não faltam motivos para ele ser considerado um dos maiores ídolos do clube.
Carlos Alberto Torres
O capitão do tricampeonato mundial do Brasil defendeu as cores do Santos por quase uma década, tempo mais que suficiente para entrar para a história do clube. Após um grande início de carreira no Fluminense, Carlos Alberto Torres foi contratado pelo Peixe em 1965, aos 20 anos, agregando ainda mais talento ao time que já dominava o cenário nacional e sul-americano do futebol na época.
Pelo time praiano, o Capita foi duas vezes campeão do Campeonato Brasileiro (1965 e 1968) e pentacampeão paulista, além de ter conquistado o Mundial em 1968. É com certeza um dos melhores laterais-direitos de todos os tempos e um dos melhores jogadores que já passaram pela Vila.
Edu
Jonas Eduardo América, o Edu, foi revelado nas categorias de base do Santos e estreou pelos profissionais com apenas 16 anos. Driblador e matador, ele brilhou no ataque santista por onze temporadas, de 1966 a 1976.
Durante esse período, o rei da ponta-esquerda disputou 584 partidas, sendo atualmente o sexto jogador que mais atuou pelo clube. Além disso, marcou 185 gols e conquistou diversos títulos. Após dez anos na Vila Belmiro, Edu se transferiu para o Corinthians, aos 27 anos, em 1976.
Clodoaldo
O torcedor do Santos teve a chance de ver um dos maiores volantes da história do futebol brasileiro defendendo seu clube por quase 15 anos. Cria da base santista, Clodoaldo iniciou sua trajetória na Vila Belmiro aos 13 anos. Mas as primeiras oportunidades como jogador profissional surgiram em 1966, quando ele tinha 16 anos. E durante sua trajetória na equipe santista, deixou sua marca com títulos e números impressionantes.
Ao todo, foram 512 jogos e 14 gols com a camisa alvinegra, marcando história conquistando os seguintes títulos: Campeonato Brasileiro (1968), Paulista (1967/68/69/73 e 78), da Recopa Sul-Americana e Mundial (1968). É o sétimo jogador que mais vezes defendeu o Peixe.
Serginho Chulapa
O irreverente Sérgio Bernardino, mais conhecido como Serginho Chulapa, deixou sua marca na história do Peixe com gols impressionantes e foi um dos grandes ídolos dos anos 80. Com a camisa do Santos, conseguiu marcar 104 gols, um deles foi o do título do Paulistão de 1984 contra o Corinthians. Ele é o terceiro maior artilheiro santista na era pós-Pelé ao lado de João Paulo, ficando atrás apenas de Neymar (138 gols) e Robinho (111 gols).
O atacante jogou pelo Peixe nos anos de 1983/84, 1986 a 1988 e por último no ano de 1990. Pendurou as chuteiras aos 40 anos, mas não encerrou sua história no clube. Como técnico titular e interino, ele comandou a equipe santista em 70 jogos, conquistando 33 vitórias, 20 empates e 17 derrotas.
Giovanni
Nascido em 4 de fevereiro de 1972, em Belém do Pará, o meio-campista Giovanni teve três passagens pelo Santos. A primeira foi de 1994 a 1996. Maestro do time alvinegro, o "Messias" levou o Peixe até a final do Brasileirão de 1995, mas o título acabou ficando com o Botafogo. Também foi artilheiro do Campeonato Paulista de 1996 antes de ser vendido ao Barcelona naquele ano.
Giovanni voltou para o Santos em duas oportunidades, em 2005 e 2010. Na primeira vez, ajudou o time a conquistar o Campeonato Paulista de 2006. Já na última passagem, participou da conquista do título da Copa do Brasil de 2010.
Dorval
Nascido em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em 26 de fevereiro de 1935, Dorval é considerado o maior ponta-direita da história do Santos e também um dos eternos ídolos do clube. De 1956 a 1967, atuou em 612 jogos e marcou 198 gols (sexto maior artilheiro da história).
Dorval fazia parte do time dos sonhos da década de 60, junto com Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Além de gols, o atleta enfileirou diversos títulos, entre eles o bi da Libertadores e do Mundial em 1962 e 1963.
Mengálvio
O meio-campista Mengálvio não conquistou o status de ídolo do Santos à toa. Foram quase dez anos de serviços prestados ao clube e diversos títulos conquistados. Apresentado em 1960, ele atuou 371 vezes e marcou 28 gols com a camisa santista.
Habilidade e criativo, o eterno camisa 8 fazia parte daquela que é considerada uma das maiores linhas de ataque do futebol mundial, que tinha também Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe. De 1960 a 1969, conquistou duas Libertadores, dois Mundiais, cinco Brasileiros e cinco Campeonatos Paulistas. Encerrou sua carreira dois anos depois.
Araken Patusca
Talvez o primeiro grande ídolo da gloriosa história santista, o meio-campista Araken Patusca jogou no Santos de 1923 a 1929, e depois de 1935 a 1937. Filho de Sizino Patusca, o primeiro presidente do Santos e um dos fundadores do clube, ele tinha um futebol rápido e elegante. Balançou as redes 177 vezes em 193 duelos – uma média de 0,91 gols por partida -, o que faz dele o oitavo maior artilheiro da história do Peixe.
Em sua primeira passagem, integrou o poderoso "Ataque dos 100 gols" com Omar, Camarão, Feitiço e Evangelista. Da marca centenária alcançada em 1927, Araken foi responsável por 31 gols em 16 partidas. Já em 1935, retornou ao Peixe para encerrar a carreira. Mas antes de pendurar as chuteiras, ele conquistou o primeiro Paulistão da história do clube, marcando o segundo gol na última partida da competição, contra o Corinthians, vencida por 2 a 0.
Elano
O meia Elano chegou ao Santos em 2001 e se tornou ídolo do torcedor após contribuir para a conquista de diversos títulos. Em sua primeira passagem, garantiu com seus companheiros o bicampeonato nacional (2002 e 2004). No ano seguinte, foi transferido ao Shakhtar Donetsk. Após duas temporadas pelo time ucraniano, ainda jogou por Manchester City, da Inglaterra, e Galatasaray, da Turquia, antes de voltar para ao Santos em 2011.
Durante sua segunda passagem, sendo capitão do time em diversas partidas, Elano conquistou Copa Libertadores e dois Campeonatos Paulistas ao lado de Ganso e Neymar. Saiu novamente em 2012, desta vez rumo ao Grêmio. Elano teve ainda uma terceira passagem pelo Peixe, em 2016, antes de encerrar sua carreira como jogador. Ao longo da sua trajetória no Peixe, atuou em 322 jogos e marcou 68 gols.
Pita
Edivaldo Oliveira Chaves, mais conhecido como Pita, foi o primeiro a assumir a camisa 10 santista com maestria na Era Pós-Pelé. No total, foram 408 jogos e 55 gols marcados com a camisa do Santos.
Com um grande talento para armar e concluir as jogadas, o meia foi um dos pilares do time que conquistou com brilhantismo o Paulistão de 1978. Na época, ele fazia parte do time conhecido como "Meninos da Vila", jogando ao lado de jogadores experientes como Clodoaldo e Aílton Lira.
Fábio Costa
Um dos maiores ídolos da história recente do Santos, Fábio Costa chegou ao clube em 2000 e foi justamente na Vila Belmiro que viveu um dos melhores momentos de sua carreira. Ele foi um dos destaques do título do Campeonato Brasileiro de 2002, com direito à atuação épica na final contra o rival Corinthians. Curiosamente, em 2003, foi emprestado justamente ao Corinthians, mas o fato de ter jogado no rival não fez dele menos ídolo.
Em 2006, o goleiro retornou ao Santos e tornou-se titular absoluto. Ganhou dois Paulistas (2006 e 2007) durante sua segunda passagem. Fábio Costa atuou no Santos até 2010 e foi emprestado ao Atlético-MG até o fim de 2011. O arqueiro voltou ao Peixe e permaneceu na Vila até janeiro de 2013, quando foi vendido ao São Caetano. Ao todo, somando todas as passagens, Fábio defendeu o Santos em 345 jogos.
Lula
Luiz Alonso Perez, o Lula, não entrou na história do Santos como jogador, mas sim como treinador. Foi ele o responsável por comandar a equipe santista mais vitoriosa de todos os tempos. Ele esteve no comando do Peixe de 1954 a 1966.
No total, Lula dirigiu o Santos em 945 partidas, com 619 vitórias 144 empates e 182 derrotas. Conquistou dezenas de títulos como dois Mundiais Interclubes (1962/63), duas Copas Libertadores (1962/63), cinco Campeonatos Brasileiros (1961/62/63/64/65), quatro Torneio Rio-São Paulo (1959/63/64/66) e oito Campeonatos Paulistas (1955/56/57/58/60/61/62/64/65). Por tantas conquistas, é até hoje lembrado pelo torcedor santista.
Gilmar
Gilmar é considerado até hoje um dos melhores de todos os tempos em sua posição. O goleiro foi contratado pelo Santos em 1962, quando já era um ídolo do arquirrival Corinthians. Mas foi na Vila Belmiro que viveu sua melhor fase.
O arqueiro permaneceu no clube até 1969, atuando em um total de 330 jogos até sua saída. É o quarto goleiro que mais vezes defendeu a meta santista. Fez parte do time que foi bicampeão mundial na Era Pelé. Também colocou em seu currículo cinco títulos do Brasileirão com a camisa do Santos.