Tudo Sobre Pelé: Sua História, Sua Relação Com A Filha E Suas Polêmicas
A vida de um jogador de futebol está, inevitavelmente, marcada por situações que não são comuns para os resto dos mortais. E em alguns casos, como no de Pelé, existem também outros fatores que os marcam como pessoa.
Quem é o Rei, na verdade? Além dos muitos gols que marcou, descubra como foi sua vida pessoal junto a seus entes mais queridos, além das principais polêmicas envolvendo seu nome. Inclusive, trocas de declarações entre ele e a apresentadora Xuxa que deram o que falar.
A filha que lutou para ser reconhecida
Sandra Arantes do Nascimento foi reconhecida como filha de Pelé apenas em 1996, após uma batalha judicial que durou seis anos. Ela é fruto de um breve envolvimento que o ex-jogador teve com a empregada doméstica Anisia Machado no final de 1963.
Sandra faleceu em outubro de 2006, vítima de um câncer de mama, sem nunca ter conseguido se aproximar de Pelé. Na data de sua morte, ela tinha apenas 42 anos. Pelé não chegou a ir ao velório e enterro da filha. O astro do futebol preferiu apenas mandar uma coroa de flores, em nome das Empresas Pelé.
Três Corações
Edson Arantes do Nascimento, filho de Celeste e João Ramos do Nascimento, nasceu dia 23 de outubro de 1940 em Três Corações, cidade de Minas Gerais que fica a 200km ao noroeste do Rio de Janeiro. Seu pai, mais conhecido como Dondinho, também se dedicou ao futebol.
Ele jogou em clubes como Atlético-MG, Fluminense, entre outros. Realmente, filho de peixe, peixinho é. Pelé que o diga. Dondinho morreu de insuficiência cardíaca aos 79 anos, em 16 de novembro de 1996.
A razão de seu nome
O jogador, considerado um dos melhores de todos os tempos, comentou que seu nome remete a outra grande personalidade da história. Pelé disse que seu pai escolheu o nome "Edson" em homenagem ao inventor Thomas Alva Edison, estadunidense cujo invento mais conhecido é a lâmpada elétrica.
Quando Pelé nasceu, a energia elétrica havia acabado de chegar a Três Corações, cidade mineira onde vivia sua família. Por isso, seu pai resolveu fazer a homenagem. No entanto, curiosamente, Pelé acabou sendo registrado sem o "i" do nome original do inventor.
As mulheres da sua vida
Pelé teve cinco relacionamentos que se tornaram públicos. O primeiro, e talvez o mais importante, foi com sua primeira mulher, Rosemeri Cholbi (foto). Os dois se casaram bem jovens, em fevereiro de 1966, e tiveram três filhos: Kelly Cristina, Edinho e Jennifer. A separação aconteceu em 1978.
Mas o relacionamento mais relevante em termos midiáticos foi com a cantora e apresentadora Xuxa. Depois disso, ele ainda namorou Deise Nunes de Souza, esteve casado com Asíria Seixas Lemos e, desde 2016, é casado com Márcia Aoki.
Quem é sua atual mulher?
Marcia Aoki é empresária e 33 anos mais nova que Pelé. Eles se conheceram na década de 1980, durante uma festa em Nova York, nos Estados Unidos, mas só começaram a namorar em 2010, após um reencontro inusitado dentro de um elevador do prédio onde moravam na Alameda Jaú, em São Paulo.
Pelé e sua terceira esposa se casaram com uma grande festa, no Guarujá, em São Paulo. O casal reuniu amigos e familiares para celebração no Espaço Atmosphera. Eles estão juntos até hoje!
Sua relação com Xuxa
Durante os anos 80, Pelé teve um relacionamento bastante explorado pela mídia com a cantora e apresentadora Xuxa. Embora a relação tenha acabado de maneira pacífica, a gaúcha passou muitos anos evitando falar de seu namoro com o astro do futebol mundial.
Em uma ocasião, entretanto, ela quebrou o silêncio e disse: "Eu vou te dizer uma coisa: eu nunca vi um pé tão feio como o do Pelé. É horrível. Eu posso falar porque ele sabe que eu sempre falo isso. Foi a coisa mais feia que eu já vi na minha vida. E ele dizia assim pra mim: 'Ah, mas esse pé já me deu muitas alegrias'. Mas, pessoal, é muito feio. Ele tem garras".
A resposta de Pelé
Depois de ficar sabendo do comentário indiscreto de sua ex-namorada, Pelé não se conteve e deu a seguinte resposta: "Mas se ela lembra do meu pé, imagina o resto!". Sabe aquela história do "fala o que quer, ouve o que não quer"? Foi bem assim...
Recentemente, Xuxa Meneghel também revelou que Pelé foi seu primeiro amor e falou sobre o motivo do término. "Foi uma pessoa que conheci com 17 anos e tive um relacionamento de seis", relembrou a apresentadora durante uma live. "Ele me traía, ele dizia que era um relacionamento aberto, mas aberto só para ele, entre outras coisas", completou ao falar sobre o término.
Infância difícil
Embora seu pai fosse um jogador reconhecido, Pelé teve que trabalhar desde muito jovem. Ele se encarregava de alguns trabalhos informais e, em seu tempo livre, se dedicava a sua paixão: jogar bola. Costumava jogar na rua, e nesse contexto foi visto por Waldemar de Brito, ex-jogador da seleção verde-amarela.
Ele não duvidou em acolher esse menino, que já deixava todos deslumbrados com sua habilidade. Brito o levou ao Santos, onde Pelé começou a trilhar seu caminho rumo ao estrelato.
Limpou banheiros
Quando Pelé ainda era criança, sua família não tinha uma condição econômica muito favorável e, por isso, todos trabalhavam para manter as contas da casa em dia. Vale lembrar que na época os jogadores não ganhavam grandes fortunas como hoje, muito pelo contrário.
Para piorar, seu pai, Dondinho, teve uma lesão no joelho e passou a jogar em um clube menos prestigiado, o Bauru Atlético Clube, onde se aposentou em seguida. Depois de pendurar as chuteiras, ele passou a trabalhar como faxineiro, limpando banheiros. Foi então que seu filho começou a trabalhar.
Pelé trabalhava para ajudar a família
Antes de entrar para o mundo do futebol, Pelé ajudava em casa como podia. Ele chegou a vender amendoins e foi também engraxate em Bauru. Aliás, sua caixa de engraxate é um de seus orgulhos e peça fundamental em seu museu.
Na época, Pelé já se destacava as ruas de Bauru e logo passou a jogar em equipes amadoras. Aos 11 anos, o jogador Waldemar de Brito convidou o garoto para treinar no Clube Atlético de Bauru. Passados poucos anos, Waldemar percebeu o enorme talento de Pelé e decidiu levá-lo para o Santos.
A origem de seu apelido
Seu apelido não tem nenhuma semelhança com seu nome: não é um diminutivo nem nada parecido. O mote "Pelé" surgiu na sua infância, quando ele gostava de jogar no gol e tinha como ídolo o goleiro Bilé, que já havia jogado com seu pai.
Dizem que Edson pronunciava mal o nome do jogador e terminava dizendo algo como "Pilé" ou "Pelé". Os outros meninos começaram a fazer bullying com o filho de Dondinho por conta disso e o apelido pegou.
Ministro dos Esportes
Não são poucas as estrelas do esporte que tentam explorar outras áreas, como a política. Com Pelé não diferente. O Rei foi Ministro dos Esportes entre 1995 e 1998, durante a presidência de Fernando Henrique Cardoso.
Nesta época, ele ajudou a criar a Lei Pelé, que surgiu com a finalidade de oferecer mais transparência e trazer mais profissionalismo ao esporte nacional. A Lei, por exemplo, determinou a extinção da figura do passe nos contratos dos jogadores.
As pressões da família
O que é realmente comovente na história desses jogadores que marcaram época é a quantidade de obstáculos que tiveram que superar antes da fama. A família de Pelé, sobretudo sua mãe, não queria que ele se dedicasse ao futebol já que o pai, Dondinho, havia tido uma experiência não muito boa no esporte. Apesar disso, ele a convenceu de deixá-lo testar a carreira no Santos. E com certeza ela jamais se arrependeu de ter deixado o seu filho ir em busca de seu sonho.
A dura vida de seu filho
Edinho nasceu em em 27 de agosto de 1970, um pouco mais de um mês depois que Pelé conquistou sua terceira Copa do Mundo, no estádio Azteca, na Cidade do México. Após a separação de seus pais, ele se mudou com a mãe para os Estados Unidos e passou a ter pouco contato com Pelé.
Já mais velho, Edinho resolveu seguir os passos do pai, voltou para o Brasil e tornou-se goleiro do Santos na década de 1990. No entanto, depois da aposentadoria, ele acabou se envolvendo com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, o que lhe rendeu condenação de 12 anos de prisão. Edinho deixou a prisão em 2019 depois de conseguir progressão ao regime aberto.
A primeira Copa do Mundo de Pelé
Com apenas 17 anos, Pelé ganhou sua primeira Copa do Mundo. Foi na Suécia, em 1958, a sexta edição da maior competição desse esporte. Naquela ocasião, a final foi entre Brasil e o país anfitrião, que tinha a ilusão de ficar com a glória. Pelé, com sua habilidade, fez com que a esperança do adversário virasse cinzas.
O então garoto terminou a competição com seis gols e foi o artilheiro do Brasil. O primeiro gol foi contra o País de Gales, nas quartas de final. O gol tornou Pelé o jogador mais novo a marcar em uma Copa do Mundo.
Explosão internacional
A Copa da Suécia de 1958 não significou somente o primeiro título para Pelé, mas foi também o trampolim que o levou à fama internacional ainda bem jovem. Isso ocorreu por causa de sua atuação em momentos chave para a Seleção Brasileira. Ele marcou três gols na semifinal contra a França, que vencemos por 5 a 2, e fez outros dois no confronto com a Suécia na final, que acabou com o mesmíssimo resultado.
Sucesso total
Pelé surgiu para o mundo em 1958! Ao fim da sua primeira Copa do Mundo, Pelé recebeu a Bola de Prata, de segundo melhor jogador da competição (atrás apenas de Didi) e ainda foi escolhido como o Melhor Jogador Jovem do Mundial, coroando o fato de ter virado o mais jovem campeão de todos os tempos. E essa foi apenas sua estreia!
Tricampeão do mundo com o Brasil, Pelé participou de quatro Mundiais e sempre deixou sua marca. Além dos seis gols em 58, ele balançou as redes uma vez em 62 a outra em 66, e mais quatro vezes em 70.
Melhor jogador do século XX
Em 2000, a Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFHS) e a FIFA nomearam o brasileiro como o melhor jogador do século XX. Além disso, Pelé foi eleito o Atleta do Século pelo Comitê Olímpico Internacional no mesmo ano. Muitos prêmio para o Rei!
Os louros se devem ao títulos de três Copas do Mundo e o fato de ter feito parte da uma Seleção Brasileira histórica. Merecido, não é mesmo?
Descartado pelo Valencia
É difícil de acreditar que o Valencia poderia ter contratado Pelé quando ele tinha apenas 17 anos. Enquanto o Real Madrid e o Barcelona disputavam forças no plano internacional com figuras como Alfredo Di Stefano e Kubala, o Valencia queria surpreender o mercado com uma contratação excepcional.
Foi por isso que, no lugar de contratar o futuro Rei, o clube espanhol se decidiu por Walter, um atacante do Vasco da Gama de 25 anos. Anos depois viria o arrependimento.
Ao gol
Em 19 de janeiro de 1964, Pelé teve uma de suas épicas atuações. Naquela ocasião, o Rei se fez de goleiro e, como se não bastasse, defendeu um pênalti num jogo em que o Santos derrotou o Grêmio por 4 a 3 pela Copa Brasil.
Tudo começou quando, ao minuto 84 de jogo, o goleiro Gilmar foi expulso e Pelé, que já tinha marcado dois gols no jogo, encarnou o herói e ainda defendeu o gol do adversário. Um craque!
O Santos de Pelé
Pode-se dizer que o Santos foi o lugar no mundo para Pelé: ali conquistou um total de nove campeonatos, sendo três Torneios Rio-São Paulo e seis Campeonatos Brasileiros.
Com a chegada à equipe com apenas 15 anos e o reforço de jogadores do cacife de Dorval, Mengálvio, Pepe e Coutinho, entre outros, o Rei se revelou e explodiu em todo o seu potencial. Além disso, ganhou o título da Copa Libertadores de 1962 e 1962 e as Copas Intercontinentais nos mesmos anos.
Os OITO gols
Naquela fria e chuvosa tarde de 21 de novembro de 1964, Pelé voltaria a ficar na história do Santos. Menos de 10 mil pessoas foram ao estádio para presenciar o encontro entre o Peixe e o Botafogo de Ribeirão Preto pelo Campeonato Paulista. Os torcedores que não foram ao estádio devem ter se arrependido quando ficaram sabendo que Pelé havia marcado oito dos onze gols da vitória santista. Naquele jogo, ele quebrou a marca de jogadores com mais gols numa partida.
O recorde de oito gols em uma só partida durou até 1976, quando Dario, o Dadá Maravilha, anotou 10 gols na vitória por 14 a 0 do Sport Recife sobre o Santo Amaro.
Conheceu dois papas
O ex-jogador Pelé teve o privilégio de conhecer dois papas diferentes ao longo da sua vida. Primeiro foi João Paulo II. Os dois se encontraram no Vaticano durante uma visita do brasileiro em março de 1978.
Anos depois, como sua figura continuava sendo expressiva, o ex-jogador foi recebido por Joseph Ratzinger, o Papa Bento XVI. O curioso é que o último não o reconheceu e lhe perguntou se era brasileiro!
O Maracanaço
16 de julho de 1950 foi uma das datas mais frustrantes para os brasileiros. Naquele dia aconteceu o que no mundo futebolístico conhece como "Maracanaço". A seleção uruguaia derrotou o grupo verde-amarelo, que jogava em casa, e levou o título da Copa do Mundo disputada em terras cariocas.
Em entrevista ao site da Fifa, Pelé disse que gostaria de ter nascido antes para poder ter evitado o Maracanaço. "Naturalmente sempre queremos o melhor para o nosso povo e para a nossa família. Mas, se pudesse escolher, pediria a Deus que me deixasse nascer antes para poder ajudar o Brasil e não deixar que aquilo acontecesse", disse Pelé, que tinha apenas dez anos na época da partida.
Por que o chamam de "Rei"?
A razão do apelido "Rei" não tem origem nem na sua família nem numa jogada característica que tenha feito o jogador em alguma partida, mas numa capa de revista. Isso mesmo! Depois do Mundial de 1958, a revista París Match o pôs em sua capa sob o título de Le Roi ("O Rei", em francês). Desde então, ele é chamado assim pelos amantes do futebol. E não poderia ter apelido melhor para Pelé. Não é verdade?
Uma promessa cumprida
A motivação de muitas pessoas na vida nasce a partir de um episódio traumático. Foi o que aconteceu a Pelé depois que a Seleção Brasileira perdeu o histórico mundial de 1950, disputado no Brasil. Ao ver seu pai, assim como milhões de brasileiros, sem consolo pelo ocorrido, prometeu-lhe que ganharia a copa em sua homenagem. Promessa cumprida.
Além de ajudar o Brasil a conquistar três Copas do Mundo, ele se tornou o maior jogador da história do futebol.
Um futebolista mundial
Pelé disputou um total de quatro Copas do Mundo, das quais saiu como campeão três vezes: Suécia 1958, Chile 1962 e México 1970. A outra foi a da Inglaterra, em 1966, quando a Seleção Brasileira foi eliminada já na primeira rodada.
Aliás, Pelé é o único jogador da história a vencer três mundiais. Além disso, com a Seleção, Pelé marcou 12 gols em 14 apresentações internacionais. Ou seja, ele tem todos os motivos para ser o Rei do futebol.
Um recorde desde o princípio
Um dos marcos que demonstram o dom do brasileiro é o fato de ter sido o jogador mais jovem a fazer gols nas Copas do Mundo. Ele tinha 17 anos e 239 dias, especificamente. A vítima do temível atacante foi Gales quando, em Gotemburgo em 19 de junho de 1958, deu passagem ao Brasil para as semifinais depois do 1x0.
E você sabia que apenas três jogadores conquistaram uma Copa do Mundo antes dos 20 anos? Pelé, o italiano Bergomi, que conquistou o título mundial de 1982 diante da Alemanha, e o francês Kylian Mbappé (foto), campeão na Rússia no ano de 2018.
O homem dos mil gols
Segundo a FIFA, Pelé marcou seu gol de número mil em 19 de novembro de 1969. Nesse dia, o Santos derrotou o Vasco da Gama por 2 a 1 no Maracanã. Aos 33 minutos do primeiro tempo, o Rei sofreu uma falta do zagueiro Renê dentro da área.
Pelé bateu o pênalti com doze passos de distância e inclinando a bola em direção ao canto direito do gol do guardião argentino Andrada. Assim foi que ele marcou o milésimo gol de sua carreira.
Um jogador de cinema
Pelé mostrou sua faceta de ator quando, no ano de 1981, fez parte do filme estadunidense "Fuga para a vitória", junto com Sylvester Stallone. O filme é baseado num grupo de aliados que se encontram no campo de prisioneiros da guerra nazista.
A inspiração tem origem num jogo real que ficou conhecido como "Partida da morte", protagonizado pelo time ucraniano de ex-jogadores do Dínamo de Kiev. Eles derrotaram a forte equipe alemã e, por causa disso, parte do time acabou sendo executado.
A admiração de seus rivais
O lateral-direito italiano Tarcisio Burgnich foi rival de Pelé na Copa do Mundo de 1970, ano em que o Brasil foi campeão ao derrotar a Itália na grande final. Mesmo assim, o ex-atleta não tem receio em dizer que é um grande fã do brasileiro.
"Antes do jogo, eu me dizia 'Pelé é de carne e osso como eu', mas uma vez começada a partida, me dava conta de que estava errado", disse Tarcisio Burgnich.
O maior artilheiro de todos os tempos?
Até quem não gosta de futebol já deve ter ouvido falar dos mais de mil gols de Pelé. Enquanto muitos desconfiam desse dado, a FIFA reconhece um total de 1283 gols, em 1366 jogos.
Uma das personalidades que falou a respeito dos gols foi Diego Maradona, que sempre disputou o título de melhor de todos os tempos com Pelé. Segundo ele: "Contam até os gols que ele fez na praia!".
Sem a Bola de Ouro
Ainda que pareça impossível acreditar, Pelé nunca foi premiado com a Bola de Ouro, o que se deve ao fato de que naqueles anos essa distinção não existia. Numa época em que Lionel Messi e Cristiano Ronaldo arrasam no pódio do prêmio outorgado pela revista francesa France Footbal, o Rei teria feito estragos. Apesar disso, em 2014, a FIFA decidiu entregar ao astro uma Bola de Ouro honorária, num claro reconhecimento de sua extraordinária carreira.
Sua performance com a verde-amarela
Pelé se encarregou, evidentemente, de quebrar todos os recordes que existiam na sua época. Com a camisa do Brasil não foi diferente: o Rei é o maior goleador da verde-amarela, com 95 gols em 77 partidas oficiais, ainda que no total tenha disputado 95 jogos.
Apesar disso, há um recorde que Pelé não pôde manter: o de ser o maior artilheiro em mundiais. Anos depois de sua aposentadoria apareceu Ronaldo Nazário, o fenômeno, que colheu 15 gols.
Faz parte do "Dream Team"
Não tinha como ele ficar de fora! Em 2002, a FIFA incluiu Pelé no "Dream Team" das Copas do Mundo após a realização de uma pesquisa de internet entre fãs. Entre aqueles que dividem a equipe com o Rei estão figuras do porte de Diego Armando Maradona, Johan Cruyff, Zinedine Zidane, entre outros.
Em 2020, Pelé também entrou para o "Dream Team" da revista "France Football". A publicação escolheu o seguinte time: Yashin; Cafu, Beckenbauer e Maldini; Matthäus, Xavi, Maradona e Pelé; Messi, Cristiano Ronaldo e Ronaldo Fenômeno.
Retornou ao futebol com o New York Cosmos
Pelé confirmou em junho de 1975 que voltaria a calçar as chuteiras depois do seu segundo afastamento, e dessa vez seria com o New York Cosmos. O astro, que tinha deixado a atividade para começar uma vida mais tranquila, resolveu voltar aos campos aos 35 anos.
Equipes do primeiro mundo como Juventus, Milan e Real Madrid estavam dispostos a ficar com ele, mas não estava nos planos do Rei voltar aos maiores clubes. Foi por isso que decidiu ficar com o time nova-iorquino.
Ele é todo um recorde
Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, aparece em dois registros no famoso Livro Guinness dos Recordes. Primeiro por manter o maior número de gols numa carreira profissional: 1283 em 21 anos de carreira. E, em segundo lugar, por ser o jogador mais jovem a participar de uma Copa do Mundo, com 17 anos e 239 dias.
Você ainda tem dúvidas que Pelé foi o maior de todos os tempos? Então siga lendo os próximos slides!
Nunca deu o salto à Europa
Se hoje em dia é comum que as maiores jogadores do futebol deem um passo à Europa quando se destacam nas ligas sul-americanas, antes era diferente. Pelé foi sondado pelo Milan, Juventus, Manchester United e Real Madrid, mas continuou no Santos.
Pelé permaneceu no Peixe até outubro de 1974. Pelo Santos, ele fez 1116 jogos e marcou 1.091 gols. Depois, ele ainda jogou nos Estados Unidos com a camisa do New York Cosmos.
Sua estreia e sua aposentadoria
Na Seleção Brasileira, lugar onde mais se destacou, debutou contra a Argentina, em 1957, na derrota contra o eterno rival por 2 a 1. Já a sua despedida do posto no qual deu muitas alegrias ao povo brasileiro, e pelo qual é motivo de veneração até hoje, foi em julho de 1971 frente à Iugoslávia num empate de 2 a 2 durante uma partida amistosa. No total, ele marcou 95 gols com a camisa do Brasil.
Elogiado por Bobby Charlton
Pelé não conquistou a admiração apenas dos torcedores brasileiros. Ele também costuma receber elogios de grandes estrelas do mundo da bola.
Considerado um dos melhores jogadores ingleses de todos os tempos, Sir Robert "Bobby" Charlton classifica Pelé como "um jogador com enorme talento, com grande controle de bola e visão de jogo fantástica. Era arrogante, mas não no sentido negativo. Era um jogador genial: como não ser um pouco presunçoso?".
Quem será seu sucessor? Neymar? Cristiano Ronaldo? Nada disso!
Pelé é considerado o melhor jogador de todos os tempos. Embora Cristiano Ronaldo e Lionel Messi sejam vistos como os melhores da atualidade, o Rei acredita que um outro jogador esteja mais perto de ser seu sucessor.
Em entrevista à revista "France Football", Pelé rasgou elogios a Mbappé e disse que o francês tem tudo para ser seu sucessor. "Mbappé venceu a Copa do Mundo com 19 anos. No meu caso, eu tinha apenas 17 (em 1958). Eu disse que ele quase empatou. Acho que ele pode se tornar o novo Pelé. Muitas pessoas pensaram que eu disse isso em tom de brincadeira, mas não é. Não é piada", declarou o tricampeão mundial.
Entre estrelas
Pelé foi convidado por Andy Warhol, o ilustrador estadunidense que estava ficando famoso por causa das suas fotografias. O Rei se dirigiu ao conhecido Studio 54, por onde passaram vários roqueiros e cantores para serem retratados. Ali, além de posar para fotos como esta, conheceu Rod Stewart, Frank Sinatra, OJ Simpson, John Lennon, entre muitos outros.
Hoje, ele coleciona fotos ao lado de grandes estrelas do futebol e da indústria do entretenimento.
Para todos: o melhor
Esse brasileiro se encheu de louros anos depois de ter demonstrado todo seu futebol pelos estádios. Além da ITFF e da FIFA, outro órgão mundial lhe deu seu reconhecimento. O Comitê Olímpico Internacional (COI) o reconheceu como o "Atleta do Século".
Ele pode mesmo ser considerado o Rei do futebol brasileiro, porém há quem diga que Maradona seria o Rei do futebol mundial. E para você, quem foi o melhor de todos os tempos?