Os Melhores Meio-Campistas Brasileiros De Todos Os Tempos
O futebol brasileiro é conhecido por revelar grandes talentos mundiais. Muitos dos jogadores que o mundo aprendeu a admirar e que conquistaram feitos incríveis em grandes competições, como a Copa do Mundo e a Champions League, foram lançados em clubes daqui.
Embora normalmente seja lembrado pelos grandes atacantes, o Brasil também lançou alguns dos melhores meio-campistas de todos os tempos. Você consegue dizer quais foram os maiores atletas desta posição que você já viu em campo? Confira nossa lista e eleja o maior meia de todos os tempos.
Zico
Nascido no Rio de Janeiro em 3 de março de 1953, Zico é considerado por alguns o melhor jogador da década de 1980. Com excepcional habilidade técnica, o meio-campista tinha visão de jogo, driblava como poucos e ainda deixava qualquer atacante com inveja por conta da sua capacidade de finalização.
Ídolo do Flamengo, Zico ajudou o time nas conquistas da Copa Libertadores de 1981, sete títulos estaduais e três Campeonatos Brasileiros. Nunca chegou a ganhar uma Copa do Mundo, mas fez parte da Seleção Brasileira de 1982 que é considerada uma das melhores da história. "Galinho" também fez parte dos grupos de 1978 e 1986.
Ronaldinho Gaúcho
Ronaldinho é sem dúvida um dos jogadores de futebol mais talentosos de sua geração. O meia começou sua carreira no Grêmio e em pouco tempo conquistou o mundo com seu talento, dribles desconcertantes, passes espetaculares e faro de gol. E o melhor de tudo: parecia estar sempre se divertindo em campo.
Ronaldinho começou sua trajetória na Europa jogando no Paris Saint-Germain em 2001, antes de uma transferência para o Barcelona em 2003 o estabelecer como um dos melhores jogadores do mundo. Pela Seleção Brasileira, ele disputou duas Copas do Mundo, tendo ajudado a conquistar o título de 2002. Encerrou sua carreira de jogador em 2015, após ter atuado por times como Flamengo, Atlético-MG e Queretaro.
Didi
Didi comandou o meio-campo da Seleção Brasileira por muitos anos. "O Principe Etíope", como foi apelidado pelo dramaturgo Nelson Rodrigues, misturava resistência, elegância e técnica. Durante sua carreira, ele disputou três Copas do Mundo consecutivas (1954, 1958 e 1962), tendo vencido a segunda e a terceira. Na edição de 1958, ainda foi eleito o melhor jogador do torneio.
Um fato curioso sobre a sua vida é que ele quase perdeu a perna aos 14 anos em consequência de uma infecção. Felizmente, isso não aconteceu, e ele foi capaz de se tornar um dos maiores meio-campistas de todos os tempos alguns anos depois. Além de tudo que conquistou com a camisa do Brasil, ele é um dos maiores ídolos da história dos rivais cariocas Botafogo e Fluminense.
Sócrates
Formado em medicina, Sócrates foi um jogador de habilidade, com boa leitura de jogo e de muita força. Também era um passador talentoso e sabia marcar gols como poucos de sua posição. Não à toa é considerado um dos meias mais inteligentes que já existiram. Definitivamente, Sócrates não era um jogador de futebol comum.
Ele jogou em duas Copas do Mundo. Com o time de 1982, considerado um dos melhores de todos os tempos, Sócrates foi o capitão e um dos destaques da equipe. Por clubes, se tornou ídolo de Botafogo e Corinthians. Sócrates se aposentou em 1984, tendo falecido em 2011, aos 57 anos.
Kaká
Considerado um dos melhores jogadores de sua geração, Kaká começou sua carreira no São Paulo antes de se mudar para o Milan em 2003. Na Europa, encantou o mundo com sua criatividade, elegância e habilidade técnica. Além disso, colocou em seu currículo diversas conquistas importantes, como Champions League, Mundial e a cobiçada Bola de Ouro.
Com a Seleção, conquistou a Copa do Mundo de 2002 e foi um dos protagonistas nas duas edições seguintes. Em 2009, foi contratado pelo Real Madrid cercado de grandes expectativas. No entanto, a falta de continuidade e as lesões impediram que ele repetisse as mesmas atuações dos tempos de Milan. Depois de passagens por Orlando City e São Paulo, Kaká se aposentou em 2014.
Gérson
Gérson foi mais um meio-campistas brasileiros que encantou o mundo com seu talento e lançamentos sempre precisos. Depois de uma Copa do Mundo de 1966 mediana, Gérson alcançou a glória na competição de 1970. Ele foi considerado o "cérebro" por trás da Seleção Brasileira que foi campeã no México.
Apelidado de "Canhotinha de Ouro", também conquistou diversos títulos nacionais pelo Flamengo, Botafogo, São Paulo e Fluminense. Gérson se aposentou em 1974 após quase 15 anos de carreira.
Paulo Roberto Falcão
Paulo Roberto Falcão, ou simplesmente Falcão, é considerado um dos maiores volantes da história. Não só do Brasil, mas do mundo inteiro. Ele ficou conhecido pelo seu estilo elegante de jogar. Em campo, misturava técnica de drible, controle de bola e qualidade na finalização. Ídolo do Internacional e Rei de Roma, ele também sempre foi um líder onde passou.
Vestiu a camisa do Brasil durante dez anos, entre 1976 e 1986. Na Copa do Mundo de 1982, sob o comando de Telê Santana, fez parte da talentosa Seleção Brasileira que acabou decepcionando. Foi até eleito o segundo melhor jogador daquele mundial, mesmo com o Brasil eliminado antes da semifinal.
Roberto Rivelino
Famoso por seu drible "Elastico", Rivellino atuava tanto na ponta-esquerda quanto no meio-campo. Além da habilidade fora do comum, chamava a atenção por sua visão de jogo e pelo chute potente.
Jogou de meados da década de 1960 até o fim da década de 1970 pelo Corinthians e pelo Fluminense, sendo ídolo em ambos os clubes. Também foi titular da Seleção Brasileira tricampeã mundial na Copa do Mundo de 1970, no México, quando viveu o auge da carreira. Posteriormente, jogou também as edições de 1974 e 1978. No total, ele jogou 96 partidas oficiais pela Seleção, marcando 26 gols.
Rivaldo
Rivaldo é considerado um dos grandes armadores do futebol moderno. Aliás, foi eleito o melhor jogador do mundo em 1999, quando atuava pelo Barcelona. No clube catalão, o meio-campo também foi bicampeão espanhol e um dos artilheiros da Liga dos Campeões na temporada 1999-2000.
Disputou duas finais de Copas do Mundo, conquistando a glória na competição de 2002 vestindo a camisa 10. Com a camisa da Seleção Brasileira, Rivaldo também foi campeão da Copa das Confederações de 1997 e da Copa América de 1999. Pendurou as chuteiras de maneira definitiva em 2015.
Zizinho
Zizinho é um dos grande meio-campistas já lançados pelo futebol nacional. Sua carreira acabou um pouco ofuscada pelo fracasso do Brasil na final da Copa do Mundo de 1950, mas não o suficiente para deixar de ser considerado um dos maiores jogadores de todos os tempos.
A marca de 30 gols em 54 partidas com a camisa da Seleção Brasileira revela apenas uma pequena parte do incrível talento que Zizinho possuía. Ídolo de ninguém menos do que Pelé, Zizinho era um jogador completo. Jogava no meio-campo, fazia gols, ajudava na marcação. Em sua carreira, também atuou por times como Flamengo, Bangu, São Paulo e Audax Italiano.
Dunga
Carlos Caetano Bledorn Verri, mais conhecido como Dunga, jogou três Copas do Mundo consecutivas, começando em 1990. Na edição seguinte, depois de ter sido considerado um dos culpados pela eliminação para a Argentina em 1990, o volante voltou a ser convocado e comandou a equipe até o título. Foi ele o responsável por levantar a taça do tetra. A partir dali, passou a ser conhecido por sua garra e espírito de liderança. Em 1998, ele manteve a braçadeira na França, quando o grupo brasileiro foi vice-campeão.
Dunga exalava passes precisos, muitas vezes partindo de jogadas de fundo, e desarmes. Como técnico, o primeiro trabalho foi logo na Seleção Brasileira, em 2006. Nesta passagem, foi campeão da Copa América e da Copa das Confederações. Foi demitido após a eliminação na Copa do Mundo de 2010.
Leonardo
Leonardo foi um jogador versátil, tendo atuado durante sua carreira como lateral-esquerdo e como meio-campista ofensivo. Ele fez parte da bem-sucedida campanha do Brasil na Copa do Mundo de 1994, mas não esteve em campo nas últimas partidas por conta de uma suspensão.
Quatro anos depois, ele jogou em todas as sete partidas pelo seu país, que terminou como vice-campeão. Além da memorável carreira pela Seleção, o atleta também se destacou por Flamengo e São Paulo, clubes nos quais se eternizou como ídolo. Também teve passagem vitoriosa por Valencia, Paris Saint-Germain e Milan.
Zito
O meio-campista Zito conquistou a glória nas Copas do Mundo de 1958 e 1962. Também teve um papel importante na Copa de 1966, embora não tenha sido possível conquistar o título daquela edição. Além de ser um líder nato, dava ampla proteção à zaga enquanto era o responsável por iniciar a transição defesa-ataque e ainda achava tempo para chegar como elemento surpresa às áreas adversárias.
Além de tudo que fez com a camisa verde e amarela, o volante também deixou sua marca na história do Santos. Com a camisa do Alvinegro, ele foi um grande líder e capitão, além de ter sido o maestro do esquadrão santista dos anos 60. Foram 57 gols, 727 partidas (terceiro que mais atuou) e uma coleção de títulos pelo Peixe. Suas conquistas mais importantes foram os Mundiais de 1962 e 63, as duas Libertadores da América e os Campeonatos Brasileiros de 1961, 1962, 1963 e 1964.
Ademir da Guia
"Divino" foi titular do Palmeiras durante mais de 15 anos, tendo sido o principal pilar do histórico time dos anos 60 que ficou conhecido como “Academia”. Aliás, muitos o consideram o melhor jogador que já vestiu a camisa do Alviverde e o maior ídolo de todos os tempos. No total, Ademir da Guia atuou em 902 jogos, marcou 153 gols e faturou cinco títulos do Brasileirão com o Verdão.
Apesar do seu talento, teve poucas chances com a camisa da Seleção Brasileira. Com a amarelinha, ele entrou em campo apenas por 12 vezes, sendo um delas na Copa do Mundo de 1974.
Juninho Pernambucano
Revelado pelo Sport de Recife e ídolo no Vasco da Gama e no Lyon, Juninho Pernambucano é lembrado não apenas como um dos maiores meias brasileiros de todos os tempos, como também um dos maiores cobradores de falta da história do futebol mundial.
Ao longo de sua carreira, Juninho ergueu as taças do Brasileirão (97 e 2000), Carioca (98), Libertadores (98), Campeonato Francês sete vezes, entre outras. Disputou a Copa do Mundo de 2006 pela Seleção Brasileira, e também jogou nos Estados Unidos e no Qatar, antes de encerrar sua carreira no Vasco. Atualmente, ele é diretor executivo de futebol do Olympique de Lyon.
Dida
As novas gerações podem conhecer pouco sobre Edvaldo Alves de Santa Rosa, o Dida, mas os estudiosos e os amantes do futebol sabem que ele foi um dos grandes meio-campistas que já passaram pela Seleção Brasileira. Aliás, ele serviu de inspiração para grandes ídolos do nosso futebol, como Zico.
O alagoano esteve presente no elenco campeão da Copa do Mundo de 1958. Também é o segundo maior artilheiro do Flamengo, com 264 gols, perdendo apenas para Zico. Na Gávea, conquistou os títulos cariocas de 1954, 55 e 63 e, com gols e jogadas mágicas, se tornou ídolo da torcida rubro-negra.
Djalminha
Meia habilidoso, Djalminha foi um dos grandes jogadores brasileiros dos anos 90, época em que se destacou tanto no futebol brasileiro como no europeu. No entanto, nunca chegou a ser convocado para uma Copa do Mundo. Em 2002, o jogador foi cotado por Felipão, mas acabou de fora da lista de convocados após uma cabeçada em seu próprio treinador no time do Deportivo La Coruña.
Mas seu talento fez dele ídolo de Flamengo, Palmeiras e Deportivo La Coruña. Além de ter sido um verdadeiro maestro, finalizava como poucos e tinham um drible capaz de entornar os zagueiros adversários.
Raí
Raí é um dos maiores ídolos da história do São Paulo. Meio-campista de muito talento, foi peça fundamental para a conquista do bicampeonato da Libertadores, um Campeonato Brasileiro e um Mundial de Clubes no início dos anos 90. Fora do Brasil, se destacou no Paris Saint-Germain, clube pelo qual conquistou o Campeonato Francês de 94 e da Copa da França em 95 e 98.
Também conquistou prestígio e respeito atuando pela Seleção Brasileira. Jogou 51 partidas com a camisa canarinho, marcando 16 gols, incluindo um de pênalti na partida contra a Rússia na primeira fase da Copa do Mundo de 1994, torneio em que chegou como camisa 10 e capitão. Durante a competição, acabou perdendo espaço para Mazinho a a braçadeira de capitão para Dunga.
Alex
Nascido em 14 de setembro de 1977, Alex foi um dos jogadores mais talentosos de sua geração. Não à se tornou ídolo em quase todos os clubes que passou, como Coritiba, Palmeiras, Cruzeiro e Fenerbahçe. Meio-campista clássico, Alex também impressionava pelo número de gols. No total, marcou 392 gols em sua carreira.
Apesar do talento, Alex nunca foi titular absoluto na Seleção Brasileira. Enfrentou uma safra de concorrentes tão qualificados quanto ele e acabou não tendo a chance de disputar uma Copa do Mundo. Seu principal título com a camisa amarela foi a Copa América de 2004.
Diego
Diego Ribas é o único da lista que ainda está em atividade. O jogador despontou para o futebol ao lado de Robinho no início dos anos 2000. O meia foi o camisa 10 do bicampeonato Brasileiro do Santos (2002 e 2004). Após se destacar no cenário nacional, foi contratado pelo Porto, de Portugal. Ainda no Velho Continente, passou por Werder Bremen, Juventus, Wolfsburg, Atlético de Madrid e Fenerbahçe.
Em 2016, retornou ao Brasil para jogar pelo Flamengo. Desde então, conquistou títulos importantes como a Libertadores e o Brasileirão de 2019.