Os Melhores e Piores Prodígios Brasileiros De Todos Os Tempos No Mundo Do Futebol
O Brasil é reconhecido como um dos principais celeiros de talentos no mundo do futebol. Muitos dos maiores craques já vistos nasceram em solo brasileiro, como Pelé, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo Nazário e Neymar, apenas para citar alguns exemplos.
No entanto, ao lado desses ícones do mundo da bola, também surgiram promessas que não conseguiram corresponder às expectativas dentro de campo. São inúmeros os casos de jogadores que, embora inicialmente tenham chamado a atenção pelo seu potencial e despertado grandes esperanças no público, acabaram por se tornar grandes decepções ao longo do tempo.
Melhor: Pelé
Amplamente considerado como o maior craque de todos os tempos, Pelé entrou em cena ainda muito jovem e rapidamente se estabeleceu como um fenômeno. Pelé teve uma carreira brilhante com a Seleção Brasileira, tendo participado de quatro Copas do Mundo e conquistado três delas (Suécia 1958, Chile 1962 e México 1970). Aliás, ele é até hoje o único na história a ter conquistado três Copas.
Além disso, é o maior ídolo do Santos, clube onde conquistou títulos como duas Libertadores (1962 e 1963), dois Mundiais (1962 e 1963) e seis Campeonatos Brasileiros (1961, 1962, 1963, 1964, 1965 e 1968), entre outros. Seu legado é ainda mais impressionante ao considerarmos seus mais de 1.000 gols marcados ao longo da carreira.
Pior: Keirrison
Keirrison já foi considerado um dos atacantes mais promissores do Brasil após passagens impressionantes pelo Coritiba e Palmeiras, onde marcou muitos gols e demonstrou um grande potencial na posição. Após se destacar no cenário nacional, Keirrison foi contratado pelo Barcelona por cerca de 15 milhões de euros para a temporada 2009–10. No entanto, sua passagem pelo clube catalão foi marcada por uma série de empréstimos.
Ele foi emprestado a outros clubes, como Benfica, Fiorentina, Santos e Cruzeiro, sem nunca ter feito uma aparição oficial pelo Barcelona. Apesar das expectativas iniciais, Keirrison não conseguiu replicar o sucesso que havia alcançado no início de sua carreira e acabou retornando ao Coritiba em 2012. No entanto, não conseguiu recuperar o mesmo destaque do início da carreira.
Melhor: Ronaldo Nazário
Ronaldo Nazário fez seu nome ainda jovem com sua velocidade, habilidade e capacidade de marcar gols de tirar o fôlego. Com apenas 16 anos, ele fez sua estreia pelo Cruzeiro. Um ano depois, já era convocado para sua primeira Copa do Mundo. E era só o começo de uma carreira extraordinária.
Ronaldo ganhou duas Copas do Mundo da FIFA com o Brasil (1994 e 2002) e teve uma carreira estelar em clubes, atuando em times como Barcelona, Inter de Milão, Real Madrid e Corinthians. Não é à toa que recebeu o apelido de 'Fenômeno' e é considerado um dos melhores jogadores já revelados pelo Brasil.
Pior: Alexandre Pato
Revelado pelo Internacional, Alexandre Pato teve um início de carreira meteórico e logo foi negociado com o Milan. É verdade que teve momentos de destaque fora do Brasil, principalmente com a camisa do Milan logo após sua contratação.
No entanto, está nesta lista devido à sensação de que ele poderia ter contribuído mais e chamado mais atenção pelo futebol, e menos pelos relacionamentos amorosos. O público esperava mais dele, tanto em clubes quanto na Seleção Brasileira.
Melhor: Romário
Com uma carreira repleta de conquistas e marcas históricas, Romário é considerado um dos maiores atacantes de todos os tempos e um dos melhores jogadores já lançados pelo Brasil. Mesmo com uma estatura baixa para um centroavante, ele fazia o que queria dentro da pequena área.
Além disso, Romário acumulou feitos marcantes ao longo de sua carreira, como a conquista da Copa do Mundo de 1994 pela Seleção Brasileira, sendo um dos principais jogadores da campanha vitoriosa. Ele também conquistou títulos importantes por clubes, como o Campeonato Espanhol pelo Barcelona e o Campeonato Brasileiro com a camisa do Vasco. Embora não tenha vencido a Liga dos Campeões, Romário foi duas vezes artilheiro da competição (nas temporadas 89-90 e 1992–93) e vice-campeão com o Barcelona na temporada 93-94. Por isso, merece destaque nesta lista.
Pior: Paulo Henrique Ganso
Ganso não correspondeu às expectativas. O meia teve um início de carreira impressionante ao lado de Neymar no Santos, com ambos se destacando pelos títulos conquistados pelo clube, além das boas atuações durante o período em que atuaram juntos. No entanto, Ganso não conseguiu manter o mesmo nível de sucesso posteriormente.
Embora tenha se transferido para a Europa em 2016, ao juntar-se ao Sevilla, sua passagem pelo Velho Continente foi marcada por três anos decepcionantes. Ele acabou retornando ao Brasil para jogar no Fluminense, onde recentemente conquistou a Libertadores. Apesar de ter títulos importantes em seu currículo, persiste a sensação de que poderia ter alcançado mais, tanto em clubes quanto com a Seleção Brasileira.
Melhor: Zico
Um dos melhores jogadores que o mundo já viu em campo, Zico ficou conhecido por seu talento em campo, sua técnica refinada, visão de jogo excepcional e habilidade de finalização precisa. Ele passou grande parte de sua carreira no Flamengo, onde conquistou inúmeros títulos, incluindo a Copa Libertadores e o Mundial Interclubes.
Além disso, Zico conquistou o Campeonato Brasileiro em três oportunidades e é até hoje o maior ídolo do clube. Com a camisa da Seleção Brasileira, ele foi um dos líderes da equipe que disputou a Copa do Mundo de 1982, considerada uma das mais brilhantes da história do futebol. "Galinho" também participou dos grupos de 1978 e 1986, mas não chegou a levantar a taça do Mundial com a Seleção.
Pior: Oscar
Oscar gerava grandes expectativas desde as categorias de base, parecendo destinado a uma trajetória brilhante com a camisa da Seleção Brasileira, mas acabou por decepcionar. Inicialmente, ele despontou como uma jovem promessa no Internacional, chamando rapidamente a atenção do Chelsea, onde teve algumas temporadas de destaque, porém não correspondeu completamente ao potencial esperado. O mesmo aconteceu na Seleção.
Embora não seja justo rotular Oscar como um fracasso, já que chegou a disputar uma Copa do Mundo e ainda está em atividade, jogando e ganhando muito dinheiro na China, os torcedores brasileiros alimentavam a expectativa de que ele se tornasse um dos grandes nomes da Seleção, conduzindo o Brasil novamente a um título mundial, o que, infelizmente, não se concretizou.
Melhor: Ronaldinho Gaúcho
Ronaldinho é, sem dúvida, um dos jogadores de futebol mais talentosos de sua geração. Sua carreira teve início no Grêmio, mas foi no Barcelona que se consagrou como uma lenda do esporte. Além de vencer diversos títulos pelo clube catalão, como a Liga dos Campeões, ele ganhou a Bola de Ouro em 2005.
Com a Seleção Brasileira, Ronaldinho disputou duas Copas do Mundo, tendo contribuído para a conquista do título em 2002. Ele encerrou sua carreira de jogador em 2015, após ter atuado em clubes como Flamengo, Atlético-MG e Queretaro. Mas, mesmo após pendurar as chuteiras, Ronaldinho segue sendo um ícone do mundo da bola.
Pior: Carlos Eduardo
Carlos Eduardo é um exemplo de jogador que prometia muito, mas entregou pouco. Iniciou sua carreira profissional no Grêmio, onde se destacou durante a Copa Libertadores de 2007 sob o comando de Mano Menezes. Suas boas atuações levaram os torcedores brasileiros a acreditarem que ele seria um dos grandes craques de sua geração. No mesmo ano, foi negociado com o Hoffenheim, da Alemanha, onde teve suas melhores temporadas na equipe, chegando até a ser convocado para a seleção brasileira durante os três anos em que defendeu o clube. Mas foi só...
Em 2010, transferiu-se para o Rubin Kazan, da Rússia, onde não conseguiu repetir suas boas atuações. Foi emprestado para o Flamengo em 2013, onde também não conseguiu brilhar e passou a maior parte dos jogos no banco de reservas até rescindir com o clube. Desde então, não conseguiu mais se destacar no futebol nacional.
Melhor: Neymar
Neymar chegou ao Santos em 2003 e, após seis anos de base, foi promovido ao elenco principal, rapidamente se tornando uma verdadeira estrela do mundo da bola. Pelo Peixe, conquistou títulos como o Campeonato Paulista, Copa do Brasil, Libertadores e Recopa. Sua última partida pelo clube foi em 26 de maio de 2013, tendo depois se transferido para o poderoso Barcelona. Na Espanha, brilhou ainda mais, ao lado de Lionel Messi. Este foi o auge de sua carreira, período em que também assumiu o protagonismo na Seleção Brasileira.
Em meados de 2017, o Paris Saint-Germain pagou a multa rescisória de 222 milhões de euros pelo atacante, tornando Neymar o jogador mais caro de todos os tempos. Atualmente, está no Al-Hilal, na Arábia Saudita, e infelizmente parece estar se encaminhando para o fim de sua carreira.
Pior: Leandro Damião
Quando surgiu no Internacional, Leandro Damião teve grandes atuações, com dribles desconcertantes e gols decisivos. Parecia que iria assumir a camisa 9 da Seleção Brasileira e permanecer lá por muitos anos. No entanto, sua carreira não decolou como muitos esperavam. Após as Olimpíadas de 2012, o atleta teve uma queda de rendimento e não conseguiu mais replicar as boas atuações que o fizeram os torcedores criarem tantas expectativas, tendo passagens apagadas por Santos, Cruzeiro, Betis e Flamengo.
Ainda assim, embora não tenha correspondido às expectativas, não pode ser considerado um fracasso. Recentemente, Damião encerrou sua passagem pelo Kawasaki Frontale, no Japão, onde se tornou um ídolo.
Melhor: Kaká
Kaká é amplamente reconhecido como um dos grandes nomes de sua geração. Ele conquistou espaço na equipe titular do São Paulo aos 19 anos e, após dois anos de sucesso, foi vendido para o Milan. Na Europa, encantou o mundo com sua criatividade, elegância e habilidade técnica. Sua consagração veio ao ser eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa em 2007, antes de ingressar no Real Madrid, onde teve sua passagem prejudicada por lesões.
Após experiências no Orlando City e um retorno ao São Paulo, Kaká encerrou sua carreira em 2014. Com a Seleção Brasileira, conquistou a Copa do Mundo de 2002 e foi um dos protagonistas nas duas edições seguintes.
Pior: Bernard
Bernard teve grande destaque com a camisa do Atlético-MG, contribuindo para a conquista da Copa Libertadores da América de 2013. O jogador chegou a ser convocado para a Copa do Mundo de 2014 e ganhou um apelido famoso na época, quando o ex-treinador Luiz Felipe Scolari afirmou que Bernard tinha "alegria nas pernas". No entanto, não conseguiu manter-se no topo por muito tempo.
Após deixar o Galo e o fracasso na Copa, o jogador rodou por diversos clubes da Europa, como o Shakhtar, da Ucrânia, Everton, da Inglaterra, e o Panathinaikos, da Grécia. O meia-atacante até teve uma trajetória vitoriosa no Shakhtar, mas sem o mesmo brilho do início de sua carreira. Assim como outros jogadores de sua geração que tiveram um início de carreira meteórico, parece que ficou devendo ao torcedor brasileiro.
Melhor: Vinícius Júnior
Vinícius Júnior é um dos jogadores mais talentosos de sua geração. Revelado pelo Flamengo, fez sua estreia profissional em 13 de maio, aos 16 anos e dez meses, tornando-se o jogador mais jovem a estrear pelo time principal do clube. Logo após seu segundo jogo como profissional pelo Flamengo, o clube anunciou sua venda para o Real Madrid, da Espanha, por 45 milhões de euros, uma das transferências mais caras da história do futebol brasileiro. Apesar disso, Vinícius Júnior só deixou o clube carioca em julho de 2018.
Atualmente no Real Madrid, o atacante destaca-se como um dos melhores brasileiros em atividade na Europa e um dos principais nomes da Seleção Brasileira. Fora de campo, sua humildade, carisma e envolvimento com causas importantes, tornaram-no uma voz influente no debate contra o racismo ao redor do mundo.
Pior: Luan
Luan já foi eleito o Rei da América, destacando-se como o grande nome na conquista da Libertadores de 2017 pelo Grêmio. Anteriormente, o meia-atacante também havia desempenhado papel de destaque na conquista da Copa do Brasil de 2016, além de ter conquistado a medalha de Ouro Olímpica em 2016 com a seleção brasileira. Todos esperavam que ele se firmasse como um dos principais jogadores do futebol brasileiro e até mesmo fosse contratado por algum clube europeu de grande expressão.
Mas não foi o que aconteceu. No final de 2019, após uma queda de rendimento, Luan foi negociado com o Corinthians e nunca mais conseguiu reproduzir o mesmo desempenho que apresentava no time gaúcho.
Melhor: Adriano
Sim, entendemos que incluir Adriano entre os melhores causa alguma estranheza. Alguns até o considerariam entre as decepções, afinal, muitos esperavam mais dele. No entanto, Adriano não ganhou o apelido de Imperador à toa. Revelado pelo Flamengo, ele teve uma carreira vitoriosa tanto no Brasil quanto no exterior, incluindo feitos pela Seleção.
Antes de pendurar as chuteiras precocemente, o centroavante foi o artilheiro da Copa América de 2004 e da Copa das Confederações de 2005, além de ter participado da Copa do Mundo de 2006. Em clubes europeus, brilhou como poucos na década de 2000, com destaque para sua passagem pela Inter de Milão. Isso sem mencionar que foi campeão do Campeonato Brasileiro tanto pelo Flamengo quanto pelo Corinthians.
Pior: Kerlon
O atacante Kerlon ganhou destaque ainda muito jovem, iniciando sua carreira profissional pelo Cruzeiro aos 17 anos, em 2005. Naquela época, o jovem jogador do Cruzeiro era visto como uma potencial estrela da seleção brasileira. Ele se destacava pela habilidade excepcional e pela facilidade com que driblava seus adversários. Um dos seus movimentos mais marcantes era o "drible da foquinha", em que ele dominava a bola com a cabeça, o que lhe rendeu o apelido.
Em 2008, Kerlon trocou o Cruzeiro pela Inter de Milão, em uma transferência complexa que o levou ao Chievo por uma temporada. Infelizmente, suas ambições na Europa foram frustradas devido a lesões recorrentes, o que interrompeu seu progresso e impediu que ele brilhasse como se esperava. O fim de sua carreira ocorreu no Spartak Trnava, da Eslováquia. Em 2017, Kerlon encerrou sua carreira aos 29 anos, devido a inúmeras lesões que o afetaram ao longo dos anos.
Melhor: Diego Ribas
Diego Ribas despontou para o futebol ao lado de Robinho no início dos anos 2000 e passou a ser considerado uma das grandes promessas do futebol brasileiro. O meia foi o camisa 10 do bicampeonato Brasileiro do Santos (2002 e 2004). Após se destacar no cenário nacional, foi contratado pelo Porto, de Portugal. Ainda no Velho Continente, passou por grandes clubes, incluindo Werder Bremen, Juventus, Wolfsburg, Atlético de Madrid e Fenerbahçe.
Em 2016, retornou ao Brasil para jogar pelo Flamengo. Pelo clube carioca, conquistou títulos importantes como a Libertadores e o Brasileirão. Pela seleção brasileira, Diego conquistou duas Copas América, em 2004 e 2007, e foi bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.
Pior: Lulinha
Revelado pelo Corinthians em 2007, Lulinha era considerado uma das grandes promessas do futebol brasileiro, destacando-se desde as categorias de base do clube e da Seleção Brasileira. No início de sua carreira, chegou a ser apontado como alvo de gigantes europeus. No entanto, não conseguiu corresponder às expectativas e acabou perdendo espaço no Corinthians.
Ainda durante sua passagem pelo Timão, Lulinha foi emprestado três vezes, para Estoril, Olhanense e Bahia. Após o término do empréstimo ao Bahia, o meia-atacante não teve seu contrato renovado com o Corinthians, e posteriormente fechou com o Ceará. Desde então, passou por diversos clubes, como Criciúma, Botafogo, Pohang Steelers (Coreia do Sul), Al Sharjah (Emirados Árabes), Jubilo Iwata (Japão) e Pafos (Chipre), sem o brilho do início de sua carreira.