Os Maiores Ídolos Da História Do Flamengo
Desde 1895, o Flamengo coleciona grandes jogos, rivalidades, títulos e, não menos importante, ídolos. A lista de craques que vestiram a camisa rubro-negra não é pequena, mas alguns nomes se destacam.
Os protagonistas da geração vitoriosa dos anos 1980, como Zico e Adílio, têm espaço garantido na memória dos torcedores flamenguistas. Outros, como Gabigol e Bruno Henrique, chegaram há pouco tempo, mas já passaram a fazer parte da lista dos maiores da história do clube por conta das conquistas de 2019.
Confira a seguir a lista dos maiores ídolos da trajetória do Flamengo, segundo levantamento feito pelo jornal O Globo. O ranking foi montado de acordo com a opinião de 50 jornalistas.
Zico
Não há dúvidas de que Zico é o maior ídolo do Flamengo. E os motivos para tanta idolatria são muitos. O Galinho é o maior artilheiro do clube, o principal artilheiro da história do Maracanã e o meia com mais gols marcados na história do futebol. Além disso, foi o líder da vitoriosa trajetória do Flamengo nas décadas de 1970 e 1980.
Com a camisa do Flamengo, ele conquistou sete Campeonatos Cariocas, três Campeonatos Brasileiros, uma Copa União, uma Copa Libertadores da América e um Mundial Interclubes.
Junior
Nenhum jogador vestiu tantas vezes a camisa do Flamengo quanto Leovegildo Lins da Gama Júnior. Lançado no time profissional no começo dos anos 70, o Maestro entrou em campo em 876 partidas pelo clube. Na sua trajetória na Gávea, conquistou 508 vitórias, 212 empates, 156 derrotas e anotou 78 gols.
Entre as conquistas mais marcantes estão a Libertadores de 1981 e o Mundial de Clubes do mesmo ano, além dos Campeonatos Brasileiros de 1980, 1982, 1983 e 1992. Atualmente trabalha como comentarista esportivo para a Rede Globo.
Leandro
O lateral-direito Leandro dedicou toda a sua carreira ao Flamengo, desde as categorias de base até sua despedida dos gramados em 1990. Durante sua trajetória como atleta, ele participou da era gloriosa do Flamengo, que sob o comando de Zico, conquistou no início dos anos 80 três Campeonatos Brasileiros, a Copa União e a Copa Libertadores da América de 1981.
Rubro-negro de coração, Leandro é considerado um dos maiores laterais-direitos da história do futebol brasileiro. Também é um dos maiores ídolos do Flamengo, tendo até uma estátua na Gávea.
Dida
Edvaldo Alves de Santa Rosa, o Dida, é o ídolo de ninguém menos do que Zico, o que já diz muita coisa. O meia-atacante foi uma das grandes estrelas do segundo tri estadual do Flamengo (1953 a 1955).
Ele também foi um dos maiores artilheiros da história do clube, com 264 gols e 357 jogos, sendo superado apenas por seu fã Zico. Pelo Flamengo, tem no currículo quatro cariocas (1953, 1954, 1955 e 1963), um troféu Rio-São Paulo e uma Taça dos Campeões. Na Seleção, conquistou o título mundial de 1958, perdendo a posição entre os titulares para um jovem promissor chamado Pelé. Dida faleceu em 17 de setembro de 2002, aos 68 anos, vítima de insuficiência hepática e respiratória.
Gabigol
Gabriel Barbosa não precisou de muitos anos no Flamengo para fazer história e entrar para a lista de ídolos do clube. Os dois gols na final da Libertadores de 2019, contra o River Plate, em Lima, e outros gols importantes naquela temporada já foram suficientes para isso. Vale lembrar que no mesmo ano ajudou o clube a conquistar o Campeonato Brasileiro, sendo o artilheiro da competição com 25 gols.
Hoje, o atacante é mais do que uma das principais referências técnicas do rubro-negro. Gabigol é o ídolo das crianças, com a frase "Hoje tem gol do Gabigol!" caindo nas graças da torcida, e talvez a maior estrela nacional em atividade no Brasil.
Zizinho
Antes de Zico conquistar o mundo e brilhar com a camisa do Flamengo, o principal nome da história rubro-Negra era Zizinho. Eleito melhor jogador da Copa do Mundo de 1950 no Brasil, foi um dos ídolos de Pelé. Pelo clube carioca, foi a referência do time no primeiro tricampeonato estadual conquistado em 1942, 1943 e 1944, depois de ter sido campeão em 1939.
Durante os 11 anos em que esteve no clube, Mestre Ziza disputou 318 jogos e marcou 145 gols. Segundo Nelson Rodrigues, bastava os alto-falantes do Maracanã anunciarem o nome de Zizinho para se saber quem seria o vencedor da partida. Morreu em 8 de fevereiro de 2002 vítima de problemas do coração, mas seu legado é eterno.
Adílio
O meio-campo Adílio dedicou seus 14 anos de carreira exclusivamente ao Flamengo. Revelado pelas categorias de base do clube e parte da geração vitoriosa dos anos 1980, ele conquistou Mundial Interclubes (1981), Taça Libertadores (1981), Campeonato Brasileiro (1980, 1982 e 1983), Taça Guanabara (1978, 1979, 1980, 1981, 1982 e 1984), Taça Rio (1983, 1985 e 1986), Campeonato Carioca (1978, 1979/Especial, 1981 e 1986).
No total, são 617 jogos com a camisa rubro-negra, o que faz dele o terceiro jogador com maior número de jogos disputados pelo Flamengo. Como homenagem aos anos vitoriosos, ele tem um busto seu na Gávea.
Leônidas da Silva
Leônidas da Silva foi um dos principais responsáveis por transformar o Flamengo em um clube de massa. O atacante chegou ao Flamengo em 1936, trazido do Botafogo e, após fazer sucesso na Copa do Mundo de 1938, ele ajudou a popularizar o Rubro-Negro por todo Brasil. Afinal, todos queriam assistir aos jogos do clube para ver Leônidas em campo.
Conhecido também como "Homem-Borracha" ou "Diamante Negro", o craque conquistou o feito incrível de ter mais gols do que jogos com a camisa do Flamengo. Foram 153 gols em 149 jogos, dando ao atacante a melhor média de gols da história de um jogador pelo clube. O ídolo morreu em janeiro de 2004, aos 90 anos, muito debilitado pelo Mal de Alzheimer.
Petkovic
Petkovic chegou à Gávea em 2000 após grande sucesso no Vitória e não decepcionou. Ídolo do clube, ele coleciona momentos históricos, como o gol de falta na decisão do Campeonato Carioca de 2001 contra o Vasco, aos 43 minutos do segundo tempo. O sérvio também foi peça fundamental no título do Campeonato Brasileiro de 2009, ao lado de Adriano Imperador. Conhecido por ser um exímio cobrador de faltas e escanteios, Dejan Petkovic pendurou as chuteiras em 2011. Atualmente, é comentarista do canal SporTV.
Adriano
As idas e vindas do relacionamento entre Adriano e o Flamengo iniciaram quando o jovem centroavante ingressou nas categorias de base do clube em 1999. No ano seguinte já foi promovido ao time profissional e os bons desempenhos levaram à primeira despedida. Adriano foi vendido à Internazionale da Italia em 2001. Lá ele conquistou a torcida italiana e, com sua habilidade, vigor físico e chute potente, recebeu o status de Imperador.
O retorno ao Flamengo aconteceu em 2009, tendo uma recepção de gala. A temporada foi coroada com o título brasileiro. Adriano foi a principal figura da conquista e viveu seu auge no clube após retirar o time de uma fila de 17 anos sem o título nacional. No mesmo ano foi artilheiro do Brasileirão junto com Diego Tardelli do Atlético-MG, ambos com 19 gols.
Nunes
Nunes, o João Danado, entrou para a história do Flamengo como o homem que marcava gols na hora que o time mais precisava. O poder decisivo redeu ao centroavante o apelido de Artilheiro das Decisões.
Aliás, ele foi o autor do gol mais importante da história do Flamengo. Se a torcida canta o trecho "3 a 0 no Liverpool" na música que faz referência ao Mundial de Clubes de 1981, muito se deve a Nunes. Na final, ele marcou dois dos três gols da equipe. No total, Nunes atuou por oito anos na Gávea, participando de 214 jogos e marcando 99 gols. Além do Mundial, conquistou a Copa Libertadores da América de 1981, o Campeonato Brasileiro de 1980, o Estadual de 1981 e o Campeonato Brasileiro novamente, em 1982.
Domingos da Guia
Domingos da Guia, o "Divino Mestre", é considerado um dos melhores zagueiros da história do futebol brasileiro. Sua "marca registrada" era sair driblando os atacantes adversários. No Fla, foi fundamental para a conquista do tricampeonato carioca em 1939, 1942 e 1943. Em 1938 disputou a Copa do Mundo e foi eleito pela FIFA o melhor da posição no Mundial. O ex-atleta faleceu no dia 18 de maio de 2000, aos 87 anos, após ter sofrido um derrame.
Andrade
Revelado nas categorias de base do Flamengo, o volante Andrade começou sua carreira profissional em 1974 e fez parte da vitoriosa geração de 1981, tendo participado das conquistas da Copa Libertadores da América e do Mundial de Clubes. Foi também campeão brasileiro (1980, 1982, 1983) e estadual como jogador do Flamengo. Como técnico, ele também fez história. Foi ele quem comandou a equipe campeã brasileira em 2009.
Bruno Henrique
Bruno Henrique chegou ao Flamengo no início de 2019 e, em pouco tempo, conquistou a torcida rubro-negra. O atacante foi figura fundamental nos títulos do Brasileirão e da Libertadores de 2019.
O Rei dos Clássicos, inclusive, foi eleito o Craque do Brasileirão e o Craque da Conmebol Libertadores. Seu nome será sempre lembrado por conta da importância dessas conquistas.
Evaristo de Macedo
Evaristo de Macedo ficou cinco anos na Gávea, de 1952 a 1957, o que bastou para se tornar um dos grandes ídolos da história do clube. Ele foi o principal nome do time que conquistou o tricampeonato carioca em 1953, 1954 e 1955. Já em 1957, o atleta foi vendido ao Barcelona. Na Espanha, ele jogou também no Real Madrid e foi ídolo nos dois rivais.
Evaristo de Macedo voltou ao Flamengo em 1964 e jogou na Gávea até 1966, quando decidiu se aposentar, aos 33 anos, devido a intensas dores em um de seus joelhos. No total, foram 191 jogos, 103 gols e cinco títulos com a camisa do Fla. Mais do que suficiente para torná-lo eterno na Gávea.
Romário
Romário é considerado a maior contratação da história do Flamengo. Afinal, ele foi contratado em 1995 depois de encantar no Barcelona, vencer o prêmio de Melhor Jogador do Mundo e conquistar o tetra pela Seleção. Mesmo tendo sido revelado pelo Vasco, a identificação com a torcida rubro-negra foi imediata. E ele retribuiu o carinho marcando muitos gols.
Atuando pelo Flamengo, o 'Baixinho' balançou as redes adversárias em 204 oportunidades e atuou em 240 partidas durante as suas três passagens. Além disso, conquistou títulos importantes, sendo eles: Taça Guanabara (1995, 1996 e 1999), Copa Ouro (1996), Campeonato Carioca (1996 e 1999), Taça Rio (1996) e Copa Mercosul (1999).
Everton Ribeiro
Contratado em 2017, Everton Ribeiro é o símbolo do crescimento financeiro e técnico do Flamengo nos últimos anos. O Rubro-Negro pagou 6 milhões de euros pelo jogador, que estava no Al Ahli, do Catar, fazendo do meia a terceira contratação mais cara da história do clube na época. Mas o investimento valeu a pena! O atleta foi campeão brasileiro e da Libertadores em 2019, sendo destaque em ambas as conquistas.
Rondinelli
Conhecido como "Deus da Raça", em razão da disposição e garra com que jogava pelo Flamengo, Rondinelli é considerado um dos maiores zagueiros que já passaram pelo clube. Seu momento marcante como jogador foi na final do Carioca de 78, quando marcou o gol contra o Vasco que garantiu o título estadual ao Fla. Também é mais um nome da geração campeã da Libertadores e do Mundial em 1981.
Com a camisa do Flamengo, Rondinelli atuou em 396 jogos e marcou 14 gols. Depois de deixar o Rubro-Negro, teve passagens discretas pelo Corinthians e Vasco. Mais tarde, o defensor jogou ainda no Atlético-PR, Goiânia e Goiás, até encerrar a carreira, aos 33 anos, devido a problemas crônicos em seu joelho.
Carlinhos
Poucos jogadores tiveram a chance de dedicar a sua vida profissional a apenas um clube como Carlinhos no Flamengo. Defendeu a equipe profissional por 15 anos, entre 1955 e 1970. Durante sua trajetória no clube, ganhou o apelido de "violino" por conta da sua forma de jogar com grande classe e o toque de bola refinado.
Como jogador, foram 11 anos, 517 jogos, 23 gols e quatro títulos. Depois, tornou-se treinador do Flamengo, comandando a equipe em conquistas importantes como o Brasileirão de 1992. Ele morreu no dia 22 de junho de 2015, aos 77 anos, no Rio de Janeiro, vítima de insuficiência cardíaca.
Zagallo
Mário Jorge Lobo Zagallo tem uma trajetória de títulos como jogador do Flamengo. Chegou no Flamengo em 1950 e conquistou, dentre outros, o tricampeão carioca (1953, 1954, 1955). Saiu do clube logo após a Copa da 1958. No total, foram 217 jogos e 30 gols. Depois do Fla, o ponta esquerda foi defender o Botafogo. Como treinador, deu mais títulos ao Flamengo, como o Campeonato Carioca de 1972, Copa dos Campeões de 2001 e o Campeonato Carioca de 2001.