Os Maiores Duelos Em Finais de Copas Do Mundo De Todos Os Tempos
A Copa do Mundo 2018 está rolando! No começo, eram 32 seleções brigando pelo título mundial. De todas as participantes, apenas oito já levantaram a taça (Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, França, Inglaterra, Itália e Uruguai). Vale lembrar que a competição foi disputada pela primeira vez em 1930 e acontece a cada quatro anos.
E o Brasil é o mais bem sucedido, tendo sido coroado em cinco ocasiões. A Seleção Brasileira venceu a Copa do Mundo em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. Separamos as finais mais emocionantes até aqui.
1930: Uruguai x Argentina
Bicampeão olímpico em 1924 e 1928, o Uruguai não decepcionou e garantiu o título em casa no ano de 1930. Foi um torneio diferente do que conhecemos hoje, com apenas 13 seleções convidadas. A final foi disputada no Estádio Centenário de Montevidéu entre duas equipes sul-americanas: Uruguai x Argentina. A celeste venceu o grande clássico por 4 a 2 diante de mais de 60 mil torcedores. Pablo Dorado, Pedro Cea, Santos Iriarte e Héctor Castro marcaram para os anfitriões, e Peucelle e Stabile fizeram os gols dos argentinos.
1934: Itália x Tchecoslováquia
A Itália do ditador fascista Benito Mussolini tinha motivos de sobra para querer conquistar o troféu em sua casa. Afinal, que propaganda seria melhor para o seu regime autoritário? E não houve decepção dentro de campo. Com craques como Giuseppe Meazza, Schiavio e Orsi, os italianos passaram por adversários como Estados Unidos, Espanha e Áustria até conquistarem vaga na final. Na decisão, só a vitória interessava. A pressão era tanta que os atletas receberam um bilhete com a frase "Vitória ou morte" antes do duelo contra a Tchecoslováquia. Mas o resultado positivo veio. Os tchecos até saíram na frente, com o gol de Puc, mas Orsi empatou a partida cinco minutos depois. Na prorrogação, Schiavio garantiu o título de campeão.
1938: Itália x Hungria
A Copa de 1938 foi realizada na França, como homenagem a Jules Rimet, e teve o primeiro bicampeão mundial da história. Além disso, a terceira edição foi a primeira em que o país sede não foi campeão. Quem levou a melhor foi a Itália. Campeão em 1934, o técnico Vittorio Pozzo levou o time novamente ao título com vitórias sobre Noruega, França, Brasil. A final foi contra a Hungria. Em uma partida movimenta e com muitos gols, os italianos venceram por 4 a 2. Colaussi abriu o placar para a Azzurra com apenas seis minutos, mas Titklos empatou dois minutos depois. Piola desempatou aos 16, e Colaussi, novamente, ampliou aos 35. Na segunda etapa, a Hungria esboçou uma reação com Sarosi, aos 15. A partida ficou indefinida até os 37 minutos, quando Piola fez o quarto gol para a Itália e garantiu o troféu no lotado estádio Olympique de Colombes, em Paris.
1950: Brasil x Uruguai
Depois de 12 anos, devido à interrupção por causa da Segunda Guerra Mundial, a Copa do Mundo voltava a ser disputada, e desta vez no Brasil. E a expectativa da seleção brasileira era conquistar o cobiçado título em casa. Mas não foi o que aconteceu. Depois de duas goleadas históricas, 7 a 1 sobre a Suécia e 6 a 1 sobre os espanhóis, veio a tragédia. Mesmo com apoio de 200 mil torcedores no Maracanã, os anfitriões perderam a grande final para o Uruguai por 2 a 1. O Brasil ainda abriu o placar, com Friaça, logo no início do segundo tempo. Mas, sob o comando de Obdulio Varella, a Celeste se agigantou em seguida. Tudo começou a mudar com o empate de Schiaffino, aos 21 do segundo tempo. Aos 34, Ghiggia fez o segundo e deu início ao Maracanazo, num dos maiores silêncios ensurdecedores da história do futebol.
1954: Alemanha x Hungria
Assim como na edição anterior, a Copa do Mundo 1954, realizada na Suíça, não teve como campeã a seleção considerada a grande favorita, a Hungria. O time húngaro era comandado pelo fabuloso Ferenc Puskas e estava invicto havia quatro anos. Porém, de forma surpreendente, a Alemanha Ocidental derrotou os favoritos na final, por 3 a 2, no chamado "Milagre de Berna". Sob forte chuva, os dois times fizeram uma decisão emocionante. Os húngaros abriram 2 a 0 de vantagem, com Puskas e Czibor, mas a Alemanha Ocidental empatou com Morlock e Rahn logo na sequência. Aos 39 do segundo tempo,Rahn voltou a marcar no lotado estádio Wankdorf, em Berna, e os alemães garantiram o segundo título.
1958: Brasil x Suécia
Mais uma Copa inesquecível para os brasileiros! O torneio de 1958, disputado na Suécia, marcou o surgimento de Pelé. Foi naquele ano que um garoto de apenas 17 anos começou a encantar o mundo.Ele e Garrincha eram reservas de Joel e Dida e só se tornaram titulares no terceiro jogo. Dali em diante, mudaram o rumo da Copa e do futebol. A final foi contra os anfitriões, que abriram o placar com Liedholm, aos quatro minutos. Didi foi buscar a bola no fundo da rede brasileira e tratou de acalmar os companheiros. Deu certo! Ainda na primeira etapa o Brasil conseguiu a virada com dois gols de Vavá. Já no segundo tempo, Pelé fez 3 a 1 com direto a chapéu no marcador, aos 10 minutos. Zagallo aumentou aos 23 e a Suécia diminuiu com Simonsson, aos 35. Mas o Rei do Futebol fez o quinto gol aos 45 e ajudou a garantir o primeiro título mundial do Brasil.
1962: Brasil x Tchecoslováquia
O Brasil trocou o comando técnico após o primeiro título: saiu Vicente Feola, entrou Aymoré Moreira. Além disso, o time preciso administra a ausência de Pelé, que sofreu uma séria contusão na segunda partida. Mas Garrincha assumiu o posto de protagonista. E a Seleção voltou a encantar o mundo no Chile. A final foi contra a Tchecoslováquia no Estrádio Nacional de Santiago. Com 15 minutos de jogo, o Brasil foi surpreendido com o gol do craque Masopust. Mas dois minutos depois Amarildo, sem ângulo, marcou em falha do goleiro Schrojf. No segundo tempo, Zito desempatou. Aos 33, Vavá, em nova falha do arqueiro, fez o terceiro e garantiu o bicampeão mundial.
1966: Inglaterra x Alemanha
Inglaterra e Alemanha se enfrentaram na final da Copa do Mundo de 1966, disputada no país britânico, em uma partida ficou marcada como uma das mais polêmicas da história. Após um empate por 2 a 2 no tempo normal, com gols dos alemães Haller e Weber e de Geoff Hurst e Peters para a seleção local, o jogo foi para a prorrogação. E aos 11 minutos da primeira etapa da prorrogação, Hurst marcou um dos mais discutidos tentos de todos os tempos. O jogador chutou, a bola bateu no travessão, tocou no chão e voltou. O alemão Hottges, de cabeça, mandou para fora, e os ingleses levantaram os braços pedindo gol. A arbitragem considerou que a bola ultrapassou a linha, o que não aconteceu. Sentindo-se injustiçados, os alemães desanimaram e ainda sofreram mais um gol no final, novamente de Geoff, diante de um Estádio Wembley com 96.924 ingleses.
1970: Brasil x Itália
Em solo mexicano, a Seleção Brasileira protagonizou uma das melhores finais da história da competição.E não poderia ser diferente, pois o time tinha grandes craques como Gérson e Rivelino, Jairzinho, Tostão e Pelé. Foram seis vitórias em seis partidas durante a Copa de 70. Seis shows, com gols espetaculares, incluindo o de Carlos Alberto no 4 a 1 sobre a Itália, na grande final. Em partida disputada no lotado estádio Azteca, Pelé abriu o placar, mas Boninsegna empatou ainda no primeiro tempo. Após o intervalo, Gérson, em jogada individual, fez 2 a 1. Jairzinho marcou o terceiro, e Carlos Alberto, em bola rolada pelo Rei do Futebol, fechou o placar. Com o resultado, o Brasil tomou posse da Taça Jules Rimet.
1974: Alemanha x Holanda
A Alemanha Ocidental fez valer o fator local e, com craques como Franz Beckenbauer e Gerd Müller, venceu o Mundial de 78. A final foi contra a Holanda, que levava o apelido de Laranja Mecânica por ter o melhor times de todos os tempos. No último duelo, os alemães desbancaram os favoritos e venceram por 2 a 1. Mas não foi fácil. Antes que os alemães tocassem na bola, a Holanda já tinha um pênalti a seu favor, convertido por Neeskens. Parecia que a Holanda atropelaria a Alemanha, mas não foi o que aconteceu. Os experientes alemães não se abateram e viraram ainda no primeiro tempo. Paul Breitner empatou, também de pênalti, e o centroavante Müller garantiu o triunfo.
1978: Argentina x Holanda
A Argentina foi mais uma que soube aproveitar o fator local. Em 1978, os hermanos empataram com a Holanda no tempo normal, por 1 a 1, e só conseguiram o título na prorrogação com os gols de Kempes e Bertoni. Mas grande polêmica da competição aconteceu durante a partida entre Argentina e Peru, pela segunda fase. Os argentinos precisavam de uma vitória de, no mínimo, 4 a 0 para avançar à final. O jogo encerrou 6 a 0 para os anfitriões e as maiores suspeitas recaíram sobre o goleiro da seleção peruana, Quiroga, argentino de nascença. Até hoje a fraca atuação dos peruanos gera polêmica.
1982: Itália x Alemanha
A Itália não encontrou dificuldades para derrotar a Alemanha, que chegou à decisão depois da tensão dos pênaltis nas semifinais, contra a França. Todos os gols da partida saíram no segundo tempo. Rossi abriu o placar, Tardelli fez o segundo, e Altobelli o terceiro. Logo depois, a Alemanha marcou seu gol de honra com Breitner. Com o resultado de 3 a 1 no Santiago Bernabéu, a Itália igualando-se ao Brasil como tricampeão mundial.
1986: Argentina "Mão de Deus" x Alemanha
Com a brilhante campanha liderada pelo craque Diego Armando Maradona, a Argentina chegou ao seu segundo título. No total, foram seis jogos, com cinco vitórias e apenas um empate no México. A grande final foi disputada contra a Alemanha. Os sul-americanos logo comprovaram o favoritismo e fizeram 2 a 0, com gols de Brown e Valdano. Mas os alemães reagiram e conseguiram empatar a partida com gols de Rummenigge e Völler. Foi aí que Maradona desequilibrou. Foi dele o passe para Burruchaga fazer o gol do título. Durante a campanha vitoriosa, Maradona se envolveu em um dos maiores polêmicas do futebol. Nas quartas de finais, contra a Inglaterra, o camisa 10 fez dois gols, sendo um de mão, que ficou conhecido como "Mão de Deus".
1990: Alemanha x Argentina
Depois de dois vice-campeonatos consecutivose em sua última participação como nação dividida, a Alemanha Ocidental conquistou a Copa do Mundo de 1990 na Itália. A final foi contra a Argentina, que lhe havia tomado o título quatro anos antes. Em um duelo equilibrado, as duas seleções terminaram o primeiro tempo empatadas em 0 a 0. O gol da vitória só veio aos 39 minutos da segunda etapa, após Sensini cometer pênalti em Voeller. O defensor Brehme assumiu a responsabilidade de encarar o goleiro Goycochea, notável pegador de pênaltis. Ele bateu forte, no canto do adversário, e deu o tricampeonato mundial para os alemães justamente na casa dos italianos, vitoriosos na decisão de 1982.
1994: Brasil x Itália
Mais uma Copa inesquecível para o Brasil. A grande final de 1994 foi contra os italianos, que também eram tricampeões mundiais. Um empate sem gols no tempo normal levou a decisão para os pênaltis. A Itália errou com Baresi e Massaro, marcou com Albertini e Evani. O Brasil desperdiçou com Márcio Santos, fez com Romário, Branco e Dunga. Baggio tinha nos pés a responsabilidade de manter a série. Precisava marcar, mesmo com as dores na coxa que carregava da semifinal contra a Bulgária. Mas mandou por cima do travessão de Taffarel. Foi o primeiro título mundial depois da era Pelé.
1998: França x Brasil
A final de 1998 ficou marcada por uma polêmica envolvendo o maior craque do Brasil. O atacante Ronaldo protagonizou um dos maiores mistérios da história do futebol ao ficar fora da escalação original e voltar a ser incluído na equipe pouco antes da partida. Segundo o médico da seleção, Lídio Toledo, o jogador precisou ser levado ao hospital depois de sofrer uma convulsão e só foi liberado para jogar por conta dos exames. Mas sua presença foi ofuscada por Zinedine Zidane. O francês teve uma atuação de gala e marcou dois gols para a França ainda no primeiro tempo. Pouco antes do apito final, Emmanuel Petit fez o terceiro gol dos donos da casa. Foi o primeiro título mundial dos franceses.
2002: Brasil x Alemanha
Em 2002, a Seleção Brasileira sagrou-se pentacampeã mundial. Na final, o Brasil derrotou a Alemanha por 2 a 0 no Estádio Internacional Yokohama, em Yokohama, no Japão. Quase 70 mil pessoas assistiram à vitória do time comandado por Felipão. Os dois gols foram marcados no segundo tempo: Ronaldo Fenômeno abriu o placar aos 22 minutos e fechou aos 32. Vale lembrar que a equipe brasileira conquistou o título de maneira invicta, com sete jogos e sete vitórias, depois de ser subestimada por muitos.
2006: Itália x França
O quarto título mundial da Azzurra foi conquistado na Copa do Mundo de 2006, que aconteceu na Alemanha. Antes de levantar o troféu, os italianos tiveram que superar a França na final. E não foi fácil. O tempo regulamentar acabou empatado em 1 a 1 e a decisão foi para a prorrogação. Um dos momentos mais marcantes foi a expulsão do craque Zinedine Zidane por dar uma cabeçada no zagueiro Materazzi. Nos pênaltis, a Itália saiu vitoriosa, marcando os cinco cobrados. O atacante francês Trezeguet desperdiçou sua cobrança garantindo a vitória do adversário.
2010: Espanha x Holanda
Foi sofrido, mas a Espanha levou a melhor contra a Holanda na decisão e conquistou seu primeiro título mundial. Em um jogo muito disputado, as duas seleções enceram o tempo normal sem gols. Na prorrogação, Iniesta garantiu a vitória da Fúria por 1 a 0. Aos dez minutos da segunda etapa, ele recebeu assistência de Fabregas e chutou cruzado para o fundo das redes. Depois foi só festa no Estádio Soccer City, em Jogannesburgo, África do Sul. Mesmo antes do apito final, já era possível ver jogadores como Casillas e Piqué chorando muito em campo pelo feito que estavam alcançando.
2014: Alemanha x Argentina
Uma Copa histórica! Diante de 74.738 pessoas no Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro, a Alemanha levantou o troféu de campeão do mundo pela quarta vez. Antes de chegar à final, os alemães fizeram história ao derrotar o Brasil por 7 a 1 no Mineirão. A decisão contra a Argentina já foi bem mais difícil. A seleção germânica só conseguiu derrotar o time liderado pelo craque Lionel Messi na prorrogação. Schürrle cruzou da esquerda e o jovem Mario Götze matou no peito e fez um golaço.