Os 21 Maiores Ídolos Da História Do São Paulo
O São Paulo Futebol Clube é um dos times mais tradicionais e vitoriosos do futebol brasileiro e mundial. Desde sua fundação, em 1930, o clube revelou e recebeu grandes craques do esporte, que marcaram época com a camisa tricolor e conquistaram inúmeros títulos, além do carinho e da admiração dos torcedores são-paulinos.
Pensando nisso, preparamos uma lista com os maiores ídolos da história do São Paulo, levando em conta seus feitos, desempenho em campo e identificação com a torcida. Vale lembrar que esta lista é subjetiva e que outros atletas também podem ser considerados ídolos pelos torcedores do clube.
Rogério Ceni
Rogério Ceni é considerado o maior ídolo da história do São Paulo por diversos motivos. Revelado pelo Sinop-MT, o goleiro chegou ao clube em 1990 e se tornou titular do tricolor paulista em 1997, permanecendo assim até 2015. Durante esses anos, conquistou diversos títulos e estabeleceu vários recordes importantes. Ceni fez parte do grupo que foi campeão da Libertadores e do Mundial em 1993 e, já como titular, voltou a ser campeão dessas mesmas competições em 2005. Ele também foi vencedor do Campeonato Brasileiro em três ocasiões consecutivas (2006, 2007 e 2008).
Ceni acumula marcas expressivas, como o jogador que mais vezes foi capitão de uma mesma equipe (982 jogos), o jogador que mais venceu pelo mesmo time e o maior goleiro artilheiro de todos os tempos (131 gols marcados). Além disso, é o atleta que mais vestiu a camisa tricolor (1237 partidas). Após se aposentar como jogador, ele voltou ao São Paulo como treinador. Por todas essas conquistas, Ceni é considerado por muitos são-paulinos o maior jogador da história do clube.
Raí
Irmão mais novo de Sócrates, craque da Seleção Brasileira nos anos 80 e um dos maiores jogadores da história do rival Corinthians, Raí está no topo da lista de ídolos do torcedor são-paulino. Ele foi um dos protagonistas da era Telê Santana, ajudando o time a conquistar títulos importante durante a década de 90 e a internacionalizar o nome do São Paulo.
Entre seus principais títulos conquistados com a camisa tricolor estão o do Campeonato Brasileiro de 1991, da Libertadores de 1992 e 1993 e do Mundial de 1992. Após um período na França, onde atuou pelo PSG, Raí voltou ao tricolor paulista em 1998 para encerrar sua carreira em 2000. Em suas duas passagens pelo São Paulo, atuou em 393 partidas e anotou 128 gols.
Cafu
Capitão do pentacampeonato da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2002, Cafu também fez história com a camisa do São Paulo. Vindo da base tricolor, ele foi um dos craques que ajudou o clube a conquistar quase tudo no início da década de 90.
Entre suas conquistas mais memoráveis estão as Libertadores e Mundiais de 1992 e 1993. Ele também tem no currículo os títulos da Supercopa da Taça Libertadores de 1993, da Recopa Sulamericana de 1993 e 1994, do Campeonato Brasileiro de 1991 e do Paulista de 1991 e 1992. É até hoje o lateral-direito que mais fez gols com a camisa do São Paulo.
Toninho Cerezo
Ao contrário de outros grandes ídolos são-paulinos, como Rogério Ceni, Raí e Cafu, Toninho Cerezo chegou ao clube já experiente, aos 36 anos e em fim de carreira. Apesar disso, teve tempo suficiente para estabelecer seu nome entre os maiores jogadores que passaram pelo clube. Quando chegou ao Tricolor, em 1992, tornou-se um jogador essencial no setor do meio-campo e participou da conquista do Mundial daquele ano, quando a equipe venceu o Barcelona em Tóquio.
No ano seguinte, liderou a equipe na conquista do bicampeonato da Libertadores e do Mundial. Na final de 1993, no Japão, contra o Milan, foi considerado o melhor jogador em campo. Porém, apesar de suas boas atuações, foi dispensado em 1994, após desentendimentos com o técnico Telê Santana. Um ano depois, retornou ao Morumbi, mas sem o mesmo brilho, encerrando um ciclo de 84 partidas e 13 gols.
Serginho Chulapa
Serginho Chulapa era imbatível quando partia para o gol. Aliás, ele detém até hoje o recorde de maior artilheiro da história do São Paulo, tendo marcado nada menos do que 242 gols em 399 partidas. O atacante jogou pelo tricolor paulista de 1973 a 1982, período em que foi campeão do Campeonato Paulista três vezes (1975, 1980 e 1981) e vencedor do Brasileirão de 1977.
Suas boas atuações pelo clube paulista lhe renderam convocações para defender a Seleção Brasileira. Ficou fora da Copa de 78 devido a uma suspensão de 14 meses por agredir um bandeirinha, mas foi titular na Copa de 82. Ao longo de sua carreira, Serginho Chulapa jogou não só pelo São Paulo, mas também pelo Corinthians e pelo Santos.
Darío Pereyra
Darío Pereyra foi um dos estrangeiros que se destacaram no São Paulo. O uruguaio jogou pelo clube de 1977 a 1988, somando 453 jogos e marcando 37 gols. Originalmente volante, se adaptou às necessidades e passou a atuar como zagueiro no tricolor paulista.
Durante esse tempo, o defensor conquistou quatro títulos do Campeonato Paulista (1980, 1981, 1985 e 1987) e dois do Campeonato Brasileiro (1977 e 1986), tornando-se um ídolo para os torcedores são-paulinos. Pereyra também jogou no Flamengo e no Palmeiras, mas foi no São Paulo onde mais se destacou. Após a aposentadoria, ele se tornou treinador e chegou a trabalhar recentemente na diretoria da FPF (Federação Paulista de Futebol).
Müller
Luís Antônio Corrêa da Costa, mais conhecido como Müller, é considerado um dos principais jogadores do futebol brasileiro das décadas de 1980 e 1990. Foi nessa época que ele se tornou um dos maiores ídolos da história do São Paulo. O atacante teve três passagens pelo clube, sendo a primeira marcada pela conquista de dois Campeonatos Paulistas (1985 e 1987) e do Brasileiro de 1986.
Após uma breve passagem pelo Torino, Müller retornou ao São Paulo em 1990, e foi nessa passagem que viveu seus melhores momentos da carreira, tornando-se titular absoluto do clube e importante na conquista do Brasileiro de 1991, do bicampeonato da Libertadores e do Mundial, em 1992 e 1993. Ao todo, Müller jogou em 360 partidas e marcou 165 gols, tornando-se o sétimo maior artilheiro da história do clube. Pela Seleção Brasileira, fez parte do elenco tetracampeão do mundo nos Estados Unidos em 1994.
Careca
Antônio de Oliveira Filho, mais conhecido como Careca, é considerado um dos maiores atacantes da história do futebol brasileiro. Ele chegou ao São Paulo em 1983, após se recuperar de uma contusão que o impediu de jogar a Copa do Mundo de 1982. No clube paulista, foi decisivo nas conquistas de dois Campeonatos Paulistas e do Campeonato Brasileiro de 1986, sendo um dos líderes da equipe, artilheiro e eleito o melhor jogador da competição.
Ao todo, Careca jogou em 191 partidas pelo São Paulo e marcou 115 gols. Sua excelente performance no clube chamou a atenção do Napoli, onde atuou ao lado de Maradona. Pela Seleção Brasileira, participou das Copas do Mundo de 1986 e 1990.
Luís Fabiano
Luís Fabiano é considerado um dos maiores ídolos do São Paulo por sua enorme contribuição ao clube. Com 212 gols em 352 jogos, ele ocupa a terceira posição na lista dos maiores artilheiros do clube, atrás apenas de Gino Orlando (233) e Serginho Chulapa (242). Além disso, é o principal goleador do São Paulo na Era dos Pontos Corridos do Brasileirão, com 80 gols em 143 partidas.
Apesar de ter deixado o clube em 2004, Luís Fabiano retornou em 2011 com uma festa inesquecível no estádio do Tricolor. Seu adeus aconteceu em 2015, mas seu legado permanece vivo na memória dos torcedores são-paulinos. Mas não foram apenas os gols e as conquistas que fizeram de Luís Fabiano um ídolo para os são-paulinos. Sua garra, dedicação e amor à camisa eram visíveis em cada partida, e isso conquistou o coração dos torcedores, que o apelidaram carinhosamente de "Fabuloso".
Leônidas da Silva
Leônidas da Silva, um dos maiores jogadores brasileiros de todos os tempos, chegou ao São Paulo em 1942, 12 anos após a fundação do clube. Na época, ele tinha 29 anos de idade e já tinha jogado por grandes equipes como Vasco da Gama, Botafogo e Flamengo. Além disso, havia sido artilheiro da Copa do Mundo de 1938 com a camisa da Seleção Brasileira.
Apesar de estar mais para o fim da carreira, provou que ainda tinha muita lenha para queimar e conseguiu se tornar um dos grandes ídolos do tricolor paulista. Durante sete anos no São Paulo, o "Diamante Negro" conquistou cinco títulos paulistas (1943, 1945, 1946, 1948 e 1949) e outras competições regionais. Aposentou-se em 1950, tendo disputado 212 partidas e marcado 140 gols com a camisa tricolor.
Zetti
Embora tenha sido revelado pelo Palmeiras, Zetti é considerado um dos grandes ídolos do São Paulo devido à sua dedicação e talento como goleiro durante sua passagem pelo clube. Ele chegou ao Tricolor em 1990 e conquistou uma série de títulos importantes, incluindo a Libertadores e o Mundial de 1992 e 1993, além de um Campeonato Brasileiro em 1991 e diversos títulos estaduais.
Zetti ficou conhecido por sua habilidade em defender pênaltis e por ter sido fundamental em momentos decisivos do clube, como na final da Libertadores de 1992 contra o Newell's Old Boys, quando defendeu a cobrança de pênalti de Fernando Gamboa. Além disso, ele sempre foi muito respeitado pela torcida e pelos companheiros de equipe, sendo reconhecido como um líder e uma referência no vestiário. Deixou o clube em 1997, para atuar no Santos, encerrando uma história de sete anos no Tricolor, com 432 partidas disputadas.
Pedro Rocha
Pedro Rocha foi contratado pelo São Paulo junto ao Peñarol, do Uruguai, com status de estrela e rapidamente se tornou um dos principais jogadores do clube. Com sua habilidade e gols importantes, Pedro Rocha se destacou no time e teve um papel fundamental para colocar o clube entre os mais fortes do futebol brasileiro. Inclusive, com ele o Tricolor chegou pela primeira vez a uma final da Copa Libertadores da América, em 1974, perdendo para o Independiente da Argentina na ocasião.
Pedro Rocha defendeu as cores do São Paulo de 1970 a 1977. Durante esse período, disputou 375 jogos, marcou 119 e conquistou dois títulos do Campeonato Paulista (1971 e 1975) e o Campeonato Brasileiro de 1977 (sem atuar). Além disso, foi o artilheiro da Copa Libertadores em 1974, com sete gols, e do Brasileirão de 1972, com 17 bolas nas redes. O uruguaio faleceu aos 70 anos em decorrência de falência múltipla de órgãos.
Waldir Peres
Defensor da meta são-paulina entre 1973 e 1984, Waldir Peres se tornou um dos maiores goleiros da história do clube. Durante sua trajetória marcante, conquistou três Campeonatos Paulistas (1975, 1980 e 1981) e o Campeonato Brasileiro de 1977 (onde teve papel decisivo nas cobranças de pênalti). Nesse meio tempo, ainda foi convocado para três Copas do Mundo, sendo titular em 1982.
Atrás apenas de Rogério Ceni, é o segundo atleta que mais vestiu a camisa do São Paulo, tendo entrado em campo em 617 partidas. Waldir deixou o Tricolor em 1984, quando se transferiu para o América-RJ. Defendeu mais quatro clubes: Guarani, Corinthians, Portuguesa e Santa Cruz. Encerrou a carreira pela Ponte Preta, em 1989. Dois anos depois, iniciou a carreira de treinador, tendo falecido em 2017 devido a um infarto fulminante.
De Sordi
Nilton de Sordi chegou ao São Paulo Futebol Clube em 1952, após se destacar no XV de Piracicaba, para ocupar a lateral-direita. Ele conquistou dois títulos paulistas e se tornou um ídolo do clube. Apesar de ter disputado 544 jogos pelo São Paulo, nunca marcou um gol com a camisa tricolor, mas isso não o impediu de se tornar um dos maiores ídolos da história do clube.
De Sordi permaneceu no São Paulo até 1965, quando saiu para jogar no União Bandeirante, e se aposentou em 1966. Ele também teve uma passagem marcante pela Seleção Brasileira, tendo vencido a Copa do Mundo de 1958. Nilton de Sordi faleceu em 24 de agosto de 2013, aos 82 anos de idade, em decorrência de falência múltipla dos órgãos.
José Poy
Outro goleiro que teve grande destaque com a camisa do São Paulo foi José Poy. Considerado o maior arqueiro estrangeiro da história do clube, o argentino foi contratado no final de 1948, defendendo a camisa tricolor por 14 anos. Foi fundamental na conquista de quatro títulos paulistas (48, 49, 53 e 57). Poy encerrou sua trajetória como jogador do São Paulo em 1962 com 522 partidas, sendo o sexto atleta que mais vestiu a camisa tricolor.
Após pendurar as chuteiras, Poy passou a se dedicar à carreira de treinador, tendo comandado o São Paulo diversas vezes, entre 1964 e 1982. Como treinador, foi campeão paulista em 1975, vice nacional em 1971 e em 1973, vice da Libertadores em 1974 e vice paulista em 1982. Faleceu em 1966 devido a um câncer da próstata.
Teixeirinha
Elísio dos Santos Teixeira, também conhecido como Teixeirinha, é o quinto jogador que mais atuou com a camisa do São Paulo, tendo entrado em campo em 516 partidas, e o quarto maior artilheiro da história do clube com 183 gols. Entre 1939 e 1956, conquistou seis títulos do Campeonato Paulista. Sua representatividade era tanta que, nos anos 40 e 50, usava a "caixa" número 1 (armário nº 1), sinal de prestígio com os companheiros.
Como resultado de sua dedicação durante 17 anos, entrou para a lista de maiores ídolos do São Paulo. Teixeirinha faleceu em São Paulo, no dia 17 de agosto de 1999, mas seu nome e história estão eternizados na história do clube.
Mineiro
Carlos Luciano da Silva, mais conhecido como Mineiro, é considerado um dos ídolos recentes do São Paulo Futebol Clube. Ele foi contratado em 2005, após se destacar no São Caetano, assumindo um papel importante na conquista de títulos nacionais e internacionais.
Além de ter sido fundamental na conquista do título estadual de 2005, Mineiro também contribuiu para os títulos da Libertadores e do Mundial do mesmo ano. Vale destacar que foi ele quem marcou o gol decisivo na final do Mundial contra o Liverpool. No ano seguinte, ainda foi campeão brasileiro pelo São Paulo. Depois de jogar pelo clube paulista, Mineiro foi atuar na Europa, passando por Hertha Berlim-ALE, Chelsea-ING e Schalke 04-ALE.
Lugano
O ex-zagueiro Diego Lugano entra na lista de jogadores uruguaios que tiveram grande sucesso no São Paulo, juntando-se a nomes como Darío Pereyra, Pablo Forlán e Pedro Rocha. Lugano foi contratado pelo clube paulista em 2003 e, apesar das desconfianças iniciais, tornou-se titular no mesmo ano, conquistando a torcida com sua garra e espírito de luta.
Com a camisa 5, Lugano ajudou o São Paulo a vencer o Campeonato Paulista, a Libertadores e o Mundial em 2005, além do Campeonato Brasileiro de 2006. Em agosto de 2006, após a final da Libertadores da América, Lugano foi para o Fenerbahçe, da Turquia. Ele retornou ao São Paulo em 2016, já no final de sua carreira, e encerrou sua segunda passagem pelo clube reforçando o status de ídolo. No total, disputou 213 partidas e marcou 13 gols pelo Tricolor.
Hernanes
Formado nas categorias de base do clube, o polivalente Hernanes atuou em várias posições em sua carreira, de lateral a atacante. Ele chegou a começar no time principal do São Paulo jogando à beira do campo, mas foi encaixado na região central, como volante, pelo técnico Muricy Ramalho.
Durante sua trajetória no Tricolor, o eterno camisa 15 ajudou o time a conquistar dois Campeonatos Brasileiros (2007 e 2008). Em 2010 transferiu-se para a Lazio, na Itália, mas retornou ao Morumbi em 2017. No total, ele defendeu o clube em 330 jogos e anotou 56 gols. Seu último time foi o Sport e sua aposentadores foi anunciada em 2 de maio de 2022.
Kaká
Mais um ídolo recente da história do São Paulo! Kaká ganhou espaço na equipe titular do Tricolor aos 19 anos e, após dois anos de sucesso, acabou vendido para o Milan. Foi eleito melhor jogador do mundo pela Fifa em 2007, antes de vestir a camisa do Real Madrid.
Aposentado desde 2017, Kaká ainda retornou ao São Paulo em 2014, quando foi emprestado pelo Orlando City, dos Estados Unidos. Somando as duas passagens pelo clube, disputou 155 partidas e marcou 51 gols. No dia 30 de novembro de 2014, o craque vestiu pela última vez a camisa da equipe.
Aloísio Chulapa
O centroavante Aloísio Chulapa teve um papel fundamental na conquista do título mundial de 2005, ao dar a assistência que resultou no gol do título marcado por Mineiro. Ele também foi um peça chave na conquista de três Campeonatos Brasileiros consecutivos (2006, 2007 e 2008).
No total, soma 23 gols em 124 jogos pelo São Paulo. Além de seu desempenho em campo, sua irreverência e juras de amor pelo clube conquistaram a torcida são-paulina.