Conheça A Carreira E Curiosidades Da Vida De Felipe Massa
Com 272 Grandes Prêmios e 11 vitórias na Fórmula 1, o brasileiro é um dos pilotos mais experientes e premiados do mundo. Massa ganhou muito de sua experiência em corrida de monopostos enquanto guiava pelas equipes de Fórmula 1 Sauber, Ferrari e Williams, antes de anunciar sua assinatura por três anos com a Venturi Formula E Team em 2018.
Casado com Anna Raffaela Bassi, Massa é um grande torcedor do São Paulo Futebol Clube, tanto que, quando o piloto sofreu o grave acidente em 2009, foi homenageado pela equipe, que, durante jogo do Campeonato Brasileiro, exibiu mensagens de apoio enviadas pelos torcedores no telão do Estádio do Morumbi. Acompanhe a seguir, sua trajetória de sucesso e muitas curiosidades sobre a vida desse grande piloto.
Primeiras voltas
Felipe nasceu em São Paulo no dia 25 de abril de 1981, mudou-se ainda pequeno para o interior com sua família e passou a maior parte da infância na cidade de Botucatu.
Com 6 anos ganhou de seu pai uma moto de 50 cilindradas e logo a paixão por velocidade e seus primeiros tombos apareceram, o que fez com que o pai pensasse melhor e tivesse a (muito boa) ideia de levá-lo para as 4 rodas. E aqui vai a primeira curiosidade: Ainda morava em Botucatu na época em que encontrou seu então ídolo Ayrton Senna e pediu-lhe um autógrafo — que foi negado. A daí, Massa passou a torcer por Nélson Piquet
Agora com quatro rodas
Lá no ano de 1989, Felipe ganhou um kart que era transportado no porta malas do carro da família de Botucatu até São Paulo. Logo ele percebeu que aquilo seria sua vida, ser um piloto de corrida profissional. Foram 9 anos pilotando kart, onde conquistou diversas vitórias nos campeonatos que disputou.
Mas foi na Fórmula Chevrolet, onde estreou na metade do campeonato de 1998, que realmente passou a chamar atenção, sagrando-se campeão da temporada de 1999. Depois do título, a transferência para a Europa seria o passo natural na temporada posterior.
Tempos bicudos
Com verba suficiente apenas para as provas iniciais, Felipe entrou na Fórmula Renault italiana, logo nos treinos de pré-temporada quebrou vários recordes e acabou vencendo a primeira corrida. A segunda etapa em Monza foi rodada dupla dos Campeonatos Italiano e Europeu, a equipe acabou inscrevendo Felipe nas duas, dando a chance de disputar as duas corridas.
Ele venceu as duas e com o apoio da equipe Cram e de alguns amigos, conseguiu disputar ambos os campeonatos dominando a temporada e ganhando os dois títulos em disputa, de forma inédita. Por falar em Itália, Felipe Massa também é cidadão italiano.
Ferrari de olho
Foi contratado pela equipe Draco Racing para correr na F-3000 europeia se transformando num sucesso absoluto em 2001. Felipe também dominou o campeonato e alcançou o título com 6 poles, 6 vitórias em 8 rodadas.
O desempenho foi tão absoluto que chamou a atenção da Ferrari que assinaria um contrato por 8 anos, sendo o primeiro jovem piloto da Ferrari. Em setembro realizou o primeiro teste na Fórmula 1 em Mugello a convite da Equipe Suíça Sauber. O faro da Ferrari é bom mesmo, pois no futuro, Felipe participaria de 14 temporadas com 11 vitórias, 16 poles, 15 voltas mais rápidas e 41 pódios.
Substituiu Kimi Räikkönen
A equipe ficou tão impressionada com os tempos que acabou o convidando para novos testes. Interessada no seu potencial, assinou um contrato para substituir Kimi Räikkönen, que estava de partida para a McLaren.
A estréia, com apenas 20 anos de idade, foi no GP da Austrália. Seus primeiros pontos vieram logo depois, no GP da Malásia. Um ano entre altos e baixos, acabou ficando em 13° no campeonato, sendo liberado por Peter Sauber ao final do ano. Para anotar: Seu primeiro GP foi o da Austrália de 2002, conforme já dissemos, e seu último o GP de Abu Dhabi de 2017
O reserva tem seu valor
Após um ano de experiência como piloto titular, foi chamado para ser piloto de testes da Scuderia Ferrari, na época onde os testes eram liberados. Felipe desempenhou um importante papel desenvolvendo os carros durante a temporada.
Sendo considerado por ele um dos anos mais importantes de sua carreira por ter aprendido muito ao lado da dupla titular formada por Michael Schumacher e o compatriota Rubens Barrichello, Felipe compareceu a todas as etapas da temporada como piloto reserva. Mais uma para anotar: Sua primeira vitória foi no GP da Turquia de 2006 e sua última vitória foi no GP do Brasil de 2008.
Sauber
Ainda no ano de 2003, começou a parceria que perdura até os dias de hoje, com seu empresário Nicolas Todt, se tornando uma grande amizade, parceria essa muito importante para sua carreira.
No ano de 2004, mais maduro, Felipe retornou à Equipe de Peter Sauber. Neste ano em questão Felipe marcou 12 pontos e ficou na 12° colocação no campeonato de pilotos e liderou uma corrida pela primeira vez, justamente no Grande Prêmio do Brasil.
Richard Mille
Foi também no ano de 2004, que começou a parceria com a recém criada marca de relógio, Richard Mille, que hoje se tornou uma das marcas mais reconhecidas do mundo. Felipe foi o primeiro embaixador da marca que hoje conta com Sebastien Loeb e Rafael Nadal. Até hoje ele pilota com um no pulso em todas as corridas.
Em 2005, seu terceiro ano de Fórmula 1 como piloto titular, Felipe obteve seu melhor resultado até então, o 4° lugar no GP do Canadá.
Piloto oficial da Scuderia Ferrari
Com esse quarto lugar no GP do Canadá de 2005, Felipe ficou na frente do seu companheiro de equipe, Jacques Villeneuve, no mundial de pilotos. Neste ano a equipe Sauber foi vendida para a BMW e se tornaria equipe oficial da marca a partir de 2006.
Foi oferecido um contrato de 3 anos para Felipe continuar, porém ele foi convocado para realizar seu sonho de ser piloto oficial da Scuderia Ferrari ao lado de Michael Schumacher.
Quebra de um tabu
Em 2006, Felipe retribuiu a confiança da equipe com 7 pódios, 3 poles, uma delas no tradicional GP do Japão e Suzuka e 2 vitórias nos GP da Turquia, sua primeira na categoria e também a primeira das três que alcançaria em Istambul, e do Brasil, onde trocou o tradicional macacão vermelho da Ferrari por um com as cores verde e amarela da bandeira de seu país.
Foi o fim de um tabu de 12 anos sem uma vitória brasileira em Interlagos e o terceiro lugar no mundial de pilotos.
Kimi de novo, agora parceiro
Felipe e Kimi Raikkonen formaram em 2007 a dupla titular de pilotos da Ferrari após a aposentadoria de Michael Schumacher. Esse ano Massa ajudou a equipe Ferrari a conquistar seu 15° título no mundial de construtores conquistando 10 pódios, 3 vitórias e 94 pontos.
Foi neste ano que Felipe casou-se com a com a empresária de moda Anna Raffaela Bassi na igreja Nossa Senhora do Brasil, em São Paulo. O primeiro filho do casal, Felipe Bassi Massa, foi apelidado de Felipinho.
Foi por pouco!
Em 2008, protagonizou a decisão de campeonato mais eletrizante da história da F1, quando ganhou o GP do Brasil pela segunda vez e chegou a celebrar o título por alguns segundos na última etapa, antes que Lewis Hamilton cruzasse a linha de chegada em Interlagos em 5º lugar, o que foi suficiente para fazer dele o campeão.
Felipe foi vice pela diferença de apenas um ponto. Porém Felipe ajudou a Ferrari a conquistar seu 16° título mundial de construtores, recorde absoluto na F1.
Acidente
Felipe Massa sofreu um sério acidente no GP da Hungria de 2009 que o afastou das pistas pelo restante do campeonato, quando uma mola do carro de Rubens Barrichello se soltou e o atingiu em cheio, ficando metade da temporada de fora. Porém, como a vida não é feita de tristezas, esse ano marcou a chegada do Felipinho, que nasceu no dia 30 de novembro.
Dos 272 GP em seu currículo, só não largou em dois: Neste, Hungria 2009 e o GP dos EUA de 2005. A mola que acertou o piloto da Ferrari era de aço, media 12 cm de diâmetro e pesava 800 gramas, componente do carro da Brawn GP. O impacto foi equivalente a 152 kg
Totalmente recuperado
Em 2010, Massa fez o seu retorno às pistas, agora com novo companheiro, Fernando Alonso, e logo na corrida de abertura no Barein ficou em 2° lugar. Foram no total 5 pódios e 144 pontos somados nesse ano, garantindo o 6° lugar no campeonato, mostrando que estava totalmente recuperado do acidente.
Mas é sempre bom lembrar que ele tem 11 vitórias na categoria, sendo que a última delas foi em 2008, no GP do Brasil;
Ano ruim
2011 foi um ano complicado para Felipe, que não foi ao pódio sequer uma vez e seu melhor resultado foram seis quintas posições. A Ferrari estava longe de brigar pelo título, apesar disso Felipe conseguiu pontuar em 15 das 19 corridas marcando 118 pontos no campeonato repetindo a 6° colocação do ano anterior.
E se você é realmente um fã, anote no caderninho que Massa conseguiu um total de 1167 pontos e 16 poles na Fórmula 1. Ah sim, em 2011 ele estava completando 10 anos de F1.
Renovando com a Ferrari
Em 2012, após uma primeira metade muito ruim de campeonato, Felipe conseguiu se recuperar e voltou a fazer boas corridas, conseguiu um 2° lugar no Japão e um 3° lugar no Brasil, tendo seu contrato renovado por mais uma temporada com a equipe Ferrari. Neste ano Felipe ajudou a conquistar o vice campeonato de construtores anotando 122 pontos.
Outra curiosidade interessante é que ele só ficou de fora de uma temporada completa: foi em 2003. Neste ano, exerceu a função de piloto de testes da Ferrari;
11 vitórias, 15 poles
Felipe Massa alcançou em 2013 o terceiro lugar na lista dos pilotos com mais corridas por uma mesma equipe. Nesse período, o mais longo já passado por um piloto na lendária equipe italiana. Computando-se o contrato assinado em 2001, somou 11 vitórias e 15 poles, se tornando o 4° maior vencedor pelo time de Maranello. No final desse ano, Felipe anunciou a mudança para a tradicional equipe inglesa Williams.
Aliás, Felipe Massa só pilotou por três equipes: Sauber, Ferrari e Williams.
Quebrando paradigmas
Em 2014, foi o único piloto não-Mercedes a conseguir uma pole position (Áustria) e, ao lado do parceiro Valtteri Bottas, levou o time ao terceiro lugar no Mundial de Construtores, transformando-se em personagem-chave para o renascimento e reestruturação da equipe inglesa comandada por sir Frank Williams e sua filha Claire Williams. Felipe conquistou 3 pódios, no GP da Abu Dhabi, no GP de Monza da Itália e no GP Brasil.
Em 2015 conquistou mais 2 pódios pela Williams, chegando a marca de 41 pódios na carreira. Felipe somou 121 pontos e alcançou o 6° lugar no mundial de pilotos.
Despedida
Em 2016, Felipe fez uma ótima primeira parte de campeonato, sendo o único piloto a pontuar nas 6 primeiras provas do calendário, mas no segundo semestre em uma emocionante coletiva de imprensa em Monza, anunciou sua aposentadoria. No mesmo local onde, em 2006, Michael Schumacher anunciou a sua.
Sua despedida do GP do Brasil foi considerada uma das mais emocionantes do esporte, sendo aplaudido por todas as equipes, num momento icônico que emocionou as arquibancadas e os telespectadores.
Fórmula E
Em 2017 Felipe recebeu um telefonema de sua então ex-chefe Claire Williams o chamando para desistir da aposentadoria e ser o piloto da Williams em 2017. Felipe seguiu seu coração e disse sim para ser o piloto oficial deles em 2017. No fim da temporada, finalmente se aposentou. Será?
No dia 15 de maio de 2018, Massa assina com a equipe Venturi para disputar a temporada de 2018–19. de Fórmula E. Ele fez sua estreia durante o ePrix de Al-Diriyah de 2018 na Arábia Saudita, terminando na 14º posição.