20 Curiosidades Sobre o Piloto Brasileiro Felipe Massa
Felipe Massa é um dos grandes nomes do automobilismo mundial. O piloto brasileiro competiu em 15 temporadas da Fórmula 1, tendo somado durante sua trajetória 11 vitórias em Grandes Prêmios e 41 pódios. O grande momento de sua carreira, mas também o mais polêmico, aconteceu em 2008, quando foi vice-campeão da categoria por um ponto de diferença do primeiro colocado, Lewis Hamilton.
Neste artigo, apresentamos 20 fatos, polêmicas e curiosidades sobre a vida e carreira de Felipe Massa, desde sua infância até os dias atuais. Descubra mais sobre o piloto que conquistou o coração dos brasileiros e se tornou um ícone do esporte mundial.
Quem o inspirou a correr?
Felipe Massa é paulista. O piloto nasceu em 25 de abril de 1981 na cidade de São Paulo. No entanto, passou a infância e adolescência em Botucatu, cidade do interior do estado. Seu interesse por corridas começou quando ainda era criança.
Apesar de ter começado a acompanhar a Fórmula 1 ainda muito novo, sua maior inspiração sempre esteve ao seu lado. Seu desejo de se dedicar às corridas não foi motivado pelos grandes pilotos que assistia na televisão, mas sim por seu pai, Luiz Antônio Massa, também conhecido como Titônio, que sempre correu por diversão.
O seu começo nas corridas
Titônio teve um papel determinante na carreira de Felipe Massa. Ele não só serviu como inspiração, mas também incentivou o filho desde o início. Aos seis anos de idade, Felipe recebeu de presente uma motinho de 50 cilindradas, e alguns anos depois, seu pai teve a ideia de colocá-lo para correr de kart.
Felipe Massa começou sua trajetória no kart aos oito anos de idade. Em algumas entrevistas, ele revelou que, desde a primeira vez que andou de kart, soube que era aquilo que queria fazer pelo resto da vida. Foram nove anos dedicados ao kart, tendo conquistado diversos campeonatos.
Entregou comida antes de entrar para a Fórmula 1
Felipe Massa começou a frequentar Interlagos em meados de 1999, mas não como competidor. Ainda adolescente, com dezesseis anos de idade, conseguiu um trabalho como ajudante de cozinha em um refeitório do autódromo paulista durante o Grande Prêmio do Brasil.
Sua função era entregar comida às equipes. Foi assim que ele conseguiu um passe para entrar no paddock, local que abriga as equipes, veículos, oficiais de prova e convidados durante as corridas. Sua intenção era vivenciar de perto o ambiente e os bastidores da Fórmula 1.
Foi esnobado por Senna
Felipe Massa teve um pedido de autógrafo negado por Ayrton Senna no final da década de 1980, quando tinha apenas oito anos. Ele não esconde que o acontecimento envolvendo seu ídolo o deixou bastante decepcionado e, ao mesmo tempo, serviu como aprendizado.
"Encontrei o Ayrton no Yatch Club de Ilhabela. Ele estava chegando com uma mulher, que eu nem lembro quem era. Eu peguei um papel e uma caneta - eu e mais duas crianças - e a gente foi lá pedir um autógrafo. Mas ele não deu. Talvez pela pessoa que estivesse com ele, ele não quisesse aparecer, não sei", relembrou em entrevista ao "TotalRace". Agora um ídolo do esporte, Massa faz questão de atender aos pedidos de autógrafos das crianças que o procuram.
O início do sonho da Fórmula 1
Após se destacar no kart, Felipe Massa progrediu para os bólidos - carros de corrida capazes de atingir altas velocidades. Ele se destacou nas categorias Fórmula Chevrolet, Fórmula Renault, Fórmula 3 e Fórmula 3000 antes de chegar à Fórmula 1. Enquanto corria a 3000, assinou um contrato sigiloso de oito anos com a Ferrari. Apenas sua família sabia da existência do acordo.
Sua estreia na Fórmula 1, no entanto, ocorreu com outra equipe. Em setembro de 2002, Felipe Massa realizou seu primeiro teste na Fórmula 1 a convite da equipe suíça Sauber, que utilizava motores Ferrari. Com sua performance promissora, foi contratado para substituir Kimi Räikkönen, que havia se transferido para a McLaren. Mas esse era apenas o começo da carreira de sucesso de Felipe Massa na elite do automobilismo...
Estreia pela Sauber
Sua estreia na Fórmula 1 aconteceu com apenas 20 anos, no GP da Austrália, em 2002, pela equipe Sauber. Já em sua segunda corrida na categoria, no GP da Malásia, em 17 de março de 2002, Massa conquistou seus primeiros pontos. Mas o brasileiro não teve um início fácil na categoria e, ao final da temporada, foi liberado pela Sauber.
Após um ano de experiência como piloto titular, foi chamado para ser piloto de testes da Ferrari. Na época, a dupla titular da equipe italiana era formada pelo alemão Michael Schumacher e o brasileiro Rubens Barrichello.
Substituiu Rubens Barrichello
A experiência de Felipe Massa como piloto de testes da Ferrari foi fundamental para o seu amadurecimento como piloto. Após essa experiência, ele retornou à equipe de Peter Sauber como titular em 2004. Nessa temporada, novamente pela equipe Sauber, o brasileiro marcou 12 pontos e ficou em 12º lugar no campeonato de pilotos.
Em 2005, Massa teve sua última temporada na Sauber, somando 11 pontos e fechando o campeonato na 13ª colocação. Em 2006, com a saída de Rubens Barrichello da Ferrari, Felipe Massa se tornou o novo companheiro de Michael Schumacher na equipe italiana.
A vitória em Interlagos
No seu primeiro ano na Ferrari, Felipe Massa conquistou sua primeira vitória na categoria em 27 de agosto de 2006, no Grande Prêmio da Turquia. E não parou por aí: em 22 de outubro do mesmo ano, venceu em casa o Grande Prêmio do Brasil, tornando-se o primeiro brasileiro a vencer em Interlagos desde Ayrton Senna em 1993.
A vitória em solo brasileiro foi especialmente significativa. Para comemorar, Massa trocou o tradicional macacão vermelho da Ferrari por um com as cores verde e amarela da bandeira de seu país. Ao final da temporada, o piloto ficou em terceiro lugar no campeonato, com 80 pontos.
Mudança de dupla
Considerado mentor de Massa, o alemão Michael Schumacher deixou a Ferrari ao final da temporada de 2006, sendo substituído pelo finlandês Kimi Raikkonen. Na temporada seguinte, Raikkonen conquistou o título mundial da Fórmula 1 pela Ferrari, com 110 pontos, enquanto Massa terminou em quarto lugar, com 94 pontos.
Nos dois anos seguintes, Massa e Raikkonen seguiram companheiros de equipe. Após Raikkonen ter sido campeão em 2007, Massa chegou muito perto de levar o título para a Ferrari novamente no ano seguinte, quando disputou ponto a ponto com Lewis Hamilton até a última corrida da temporada.
Protagonizou uma das decisões de campeonato mais eletrizantes da história da F1
Em 2008, Felipe Massa entrou para a história ao se tornar o primeiro piloto brasileiro a liderar o campeonato mundial desde Ayrton Senna em 1993. Após uma temporada consistente, Massa chegou à última corrida em Interlagos, no Brasil, com grandes chances de ser campeão. Ele perdeu por pouco o título daquele ano, terminando apenas um ponto atrás de Lewis Hamilton, então piloto da McLaren.
Na corrida de Interlagos, Massa venceu de forma emocionante. Ele até chegou a celebrar o título por alguns instantes, mas na última curva da última volta, Lewis Hamilton ultrapassou o piloto alemão Timo Glock e terminou em quinto lugar, o que foi suficiente para que ele se tornasse o campeão da temporada.
A grande polêmica de 2008. Massa é o verdadeiro campeão?
O ano de 2008 ficou marcado na carreira de Felipe Massa. A perda do título nunca foi bem digerida pelo brasileiro, principalmente por conta de uma provável fraude. O brasileiro, inclusive, anunciou que pretende entrar com ações legais contra a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) por conta do ocorrido no GP de Cingapura daquele ano. Na ocasião, Nelson Piquet Jr bateu o carro de forma proposital para ajudar o então companheiro de Renault, Fernando Alonso.
A ordem teria sido dada pelo dirigente da escuderia Flavio Briatore e pelo diretor de engenharia Pat Symonds. Entenda a seguir como isso influenciou na perda do título de Felipe Massa no final da temporada!
Massa foi prejudicado por conta da batida intencional
A batida de Nelson Piquet Jr durante o GP de Cingapura de 2008 aconteceu enquanto Massa liderava a prova. Após a entrada do safety car, o brasileiro acabou perdendo várias posições, tendo terminado a corrida em 13º lugar, sem pontuar. Enquanto isso, seu principal concorrente na disputa pelo título, Lewis Hamilton, levou seis pontos para casa.
Os pontos perdidos em Cingapura fizeram muita falta para o piloto brasileiro na classificação final, já que ele terminou o campeonato apenas um ponto atrás do campeão, Lewis Hamilton. Massa alega que poderia ter vencido o campeonato se não tivesse havido manipulação no GP de Singapura.
Um sério acidente em sua trajetória
Em 2009, Felipe Massa se envolveu em um grave acidente durante a qualificação para o Grande Prêmio da Hungria. Na ocasião, uma mola do carro de Rubens Barrichello se soltou e atingiu Massa em cheio. O piloto da Ferrari perdeu a consciência e acabou batendo contra a proteção de pneus. Após o resgate de helicóptero, Massa foi levado para o Hospital Militar de Budapeste, onde foram diagnosticadas fraturas no crânio e uma pequena lesão cerebral. O piloto teve de passar por uma cirurgia e chegou a ficar em coma induzido. Por conta do acidente, Massa ficou fora de todo o restante da temporada.
Apesar da grave lesão, o ano de 2009 também trouxe uma notícia feliz para Massa: o nascimento de seu filho, Felipinho. Além disso, ele não demorou muito para retornar às pistas.
O retorno às corridas após o acidente
Felipe Massa fez o seu retorno às pistas em 2010, com novo companheiro, Fernando Alonso. Logo na corrida de abertura no Bahrein, o brasileiro ficou em 2° lugar. Foram no total 5 pódios e 144 pontos somados, garantindo o 6° lugar no campeonato daquele ano, mostrando que estava recuperado do acidente.
No entanto, o ano de 2010 ficou marcado não só pelo retorno de Massa às pistas, mas também por algumas polêmicas que ainda são lembradas até hoje. Veja a seguir!
Ordem para deixar Fernando Alonso passar
Após o seu retorno às pistas em 2010, Massa acabou se envolvendo em duas polêmicas com seu companheiro de equipe na época, Fernando Alonso. No GP da China, o espanhol forçou a passagem sobre o brasileiro na entrada dos boxes, após a presença do safety car, o que gerou tensão na equipe. Mas essa não foi a única situação embaraçosa envolvendo os dois.
No mesmo ano, durante o GP da Alemanha, Massa assumiu a liderança na largada e manteve Alonso atrás. Porém, faltando algumas voltas para o fim da corrida, a equipe Ferrari ordenou que Massa deixasse Alonso ultrapassá-lo para que pudesse assumir a primeira posição. O brasileiro acatou a ordem, abrindo mão do que poderia ter sido sua única vitória naquele ano.
Troca de equipe
No final de 2013, Felipe anunciou que estava deixando a Ferrari após oito temporadas para correr pela tradicional equipe inglesa Williams junto com o finlandês Valtten Bottas. Em seu primeiro ano, o brasileiro teve um desempenho sólido, conquistando 134 pontos e subindo ao pódio em três ocasiões. Ele encerrou a temporada em sétimo lugar no campeonato.
Em 2015, Massa fechou o ano em 6º lugar no campeonato, com 121 pontos. Já em 2016, o brasileiro teve uma temporada difícil, mas ainda conseguiu marcar 53 pontos e terminar em 11º lugar no campeonato.
Aposentadoria?
No segundo semestre de 2016, durante uma coletiva de imprensa emocionante em Monza, Felipe Massa anunciou sua aposentadoria da Fórmula 1. No entanto, no ano seguinte, ocorreu uma reviravolta surpreendente. Após o anúncio da aposentadoria de Nico Rosberg, a equipe Mercedes manifestou interesse em contar com Valtteri Bottas, ex-companheiro de Massa na Williams.
Claire Williams, então chefe de Massa na Williams, ligou para o brasileiro convidando-o a desistir da aposentadoria para voltar a pilotar pela sua equipe em 2017. O convite foi aceito e Massa assinou para mais uma temporada, dessa vez como companheiro de Lance Stroll. Naquele ano, Massa conquistou 43 pontos e terminou em 11º lugar no campeonato. Após o Grande Prêmio de Abu Dhabi, Massa anunciou sua aposentadoria definitiva da Fórmula 1. Em seguida, competiu por duas temporadas na Fórmula E.
Retorno ao Brasil
O piloto Felipe Massa morou muitos anos no exterior, mas recentemente se mudou para o Brasil com a família.
A mudança para o Brasil aconteceu em 2021, após ter adotado residência fixa em Mônaco nos últimos anos. Seu filho, Felipinho, nasceu em São Paulo em 30 de novembro de 2009, mas nunca havia morado no Brasil antes. Desde 2020, Felipe Massa compete na Stock Car.
Relação próxima com Michael Schumacher
Felipe Massa fez diversos amigos durante sua trajetória na Fórmula 1, sendo um deles o piloto alemão Michael Schumacher, heptacampeão do mundo. O brasileiro sempre teve um relacionamento próximo com seu ex-companheiro de Ferrari.
Em algumas entrevistas, Massa confessou ter conhecimento sobre as condições médicas do alemão. Porém, ele evita dar detalhes em respeito aos familiares de Schumacher. Ele foi um dos únicos poucos autorizados a visitar o alemão. Schumacher sofreu um grave acidente de esqui nos Alpes Franceses, no dia 29 de dezembro de 2013. Desde então, a família optou por manter o tratamento em segredo, além de deixar o ex-piloto longe dos holofotes.
O time do seu coração
Felipe Massa é um grande fã de futebol e torce para o São Paulo. Sempre que possível, o piloto está presente no Morumbi para acompanhar de perto o desempenho do seu time. Em uma entrevista, Massa revelou que seu pai queria que ele torcesse para o Santos, mas com seis ou sete anos optou pelo São Paulo e não se arrepende da escolha.
Em 2009, quando o piloto sofreu um grave acidente, ele recebeu uma homenagem da equipe tricolor durante um jogo do Campeonato Brasileiro. Durante a partida, mensagens de apoio enviadas pelos torcedores foram exibidas no telão do Estádio do Morumbi.
Uma carreira vitoriosa
Felipe Massa é indiscutivelmente um dos brasileiros de maiores sucesso no automobilismo. Durante sua trajetória na Fórmula 1, Felipe Massa conquistou 11 vitórias, 41 pódios e 16 pole positions.
Em 15 temporadas, o vice-campeão mundial de 2008 pilotou por três equipes (Sauber, Ferrari e Williams) e dividiu o box os seguintes pilotos: Nick Heidfeld (2002), Giancarlo Fisichella (2004), Jacques Villeneuve (2005), Michael Schumacher (2006), Kimi Raikkonen (2007-09), Fernando Alonso (2010-13), Valtteri Bottas (2014-16) e Lance Stroll (2017).